domingo, 8 de abril de 2012

GELEIRA DA ANTÁRTICA. ATUALIDADE.

Importante geleira antártica teve derretida 85% de sua massa
05 de abril de 2012 15h45 atualizado às 16h35

Imagem mostra evolução do derretimento. Foto: ESA/Divulgação

Imagem mostra evolução do derretimento
Foto: ESA/Divulgação


Uma importante geleira na Península Antártica, um dos lugares mais sensíveis às mudanças climáticas, teve 85% de sua massa derretida nos últimos 17 anos, anunciou nesta quinta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

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De acordo com um estudo realizado a partir de fotos tiradas pelo satélite europeu Envisat, a geleira denominada Larsen B passou de uma superfície de 11.512 km² em 1995 (quase o tamanho do Catar) a apenas 1.670 km² atualmente.

Larsen B é um dos três gigantescos pedaços em que se dividiu a enorme geleira que se estende ao longo da Península Antártica no Mar de Weddell. Entre 1996 e 2002, vários enormes pedaços de gelo se desprenderam de Larsen B, começando pelo segmento chamado Larsen A, em janeiro de 1995. Em 2002, a metade da superfície de Larsen B se desintegrou depois de um rompimento importante em um bloco de gelo.

"Larsen C (o terceiro segmento) por ora segue presa (à península), mas as observações do satélite mostram uma redução de sua espessura e um aumento da duração das fontes de água no verão", informou a ESA. Os enormes icebergs, constituído a partir do fluxo da água das geleiras, formam um grosso tapete flutuante ligado à costa.

Segundo os cientistas, esses icebergs são muito sensíveis às mudanças de temperatura e sua espessura se vê afetada desde a parte inferior pela ação de correntes de água mais quente.

O norte da Península Antártica teve um aumento de aproximadamente 2,5 °C em sua temperatura nos últimos 50 anos, um número muitas vezes superior à media mundial. Os cientistas da ESA lembraram que esses gigantescos icebergs da geleira Larsen não devem ser confundidos com a grossa capa de gelo que cobre o Polo Sul.

Se essa cobertura de gelo que cobre a Antártica derreter, ainda que seja parcialmente, elevaria o nível dos mares e ameaçaria os países insulares e as cidades costeiras. Entretanto, os pesquisadores da ESA constataram que essa cobertura por enquanto permanece estável.

FONTE:
AFP

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