domingo, 31 de março de 2013

CHINA INVESTE EM CIÊNCIA E EDUCAÇÃO

pt.euronews.com
China investe US$ 1,7 bilhão anualmente em educação em ciência
Fernanda Morena Pequim
Acesse o endereço abaixo e conheça um pouco mais sobre a educação na China.

 http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2009/04/090319_china_educacao_video.shtml?s

A China está destinando US$ 1,7 bilhão anuais para a educação em ciência. Esse montante, anunciado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, indica um acréscimo de 5,57% do aporte na área em relação a 2010. Metade do valor foi destinado à educação pública.
A medida faz parte do atual plano quinquenal chinês (conjunto de metas que nortearão o governo do país de 2011 a 2015) que prevê o investimento de US$ 1,6 trilhão no desenvolvimento das sete indústrias que se tornaram prioridades: energia alternativa; eficiência em energia; proteção ambiental; biotecnologia; TI avançada; desenvolvimento de veículos movidos com energia alternativa; e indústria de ponta (construção de máquinas).

Com o fim da indústria barata decretado pelo aumento dos salários e os encargos trabalhistas, a China deverá seguir um plano em conformidade a essa nova realidade. "A nossa nova liderança irá focar o desenvolvimento no impulso do desenvolvimento tecnológico", afirmou Wang Qiang, diretor geral do Ministério de Ciência e Tecnologia da China durante evento sobre transferência tecnológica realizado na Universidade Tsinghua no início de março.
A Tsinghua é um dos grandes braços da intenção mandarim de um salto para a inovação científica. Com um orçamento de 4 bilhões de yuans anuais (cerca de R$ 1,27 bilhão) somado ao orçamento de 3 bilhões (R$ 959 milhões) do Tuspark, o parque tecnológico instalado no local, a universidade garante cerca de 10% do orçamento total destinado à inovação no país. E o plano de Pequim é que ela se torne a maior universidade mundial em 2020.
Com um sistema de ensino público sem ser gratuito (há anuidades pagas em todas as escolas que variam de 1000 yuans a dezenas de milhares em escolas internacionais), uma opção do governo tem sido investir em áreas alternativas que ofereçam espaços para futuros cientistas. A China tem hoje 1.681 salões públicos para atividades ligadas à ciência, que somam 500 quilômetros quadrados juntos (o equivalente a quase todo o território de Cingapura).
Para Wang Qiang, a educação de jovens cientistas é a base do desenvolvimento da indústria de ponta do país, que quer se afirmar como um desenvolvedor de soluções tecnológicas.
"Queremos que nossos filhos sejam engenheiros ou médicos. Algo que possa servir para ajudar o nosso país", diz Li Penghua, de 35 anos, mãe de Sun Qiuqiu, de 11 anos. O menino está cursando o quinto ano do ensino fundamental na Escola Dongcheng Nº 2, na capital chinesa, e concorda com a mãe - em termos. "Seria legal ser médico, mas queria também ser astronauta", revela.
Enquanto o Brasil procura a projeção de sua cadeia científica internacionalmente na fase já adulta, mandando pesquisadores ao exterior ou investindo R$ 155 milhões para atrair cientistas estrangeiros ao País, a China amplia seu setor de recursos humanos já na infância. Ainda que o sistema educacional chinês seja voltado para a preparação dos estudantes para a aprovação no gaokao (o exame feito nacionalmente para a graduação dos estudantes do ensino médio), o novo projeto científico chinês deverá prever a "criação de um gosto pela ciência desde o início da vida".
Mesmo com a exorbitante carga horária enfrentada pelas crianças entre escola, tarefas de casa e aulas extracurriculares, ainda sobra tempo para aproveitar parques como o planetário. "Eu já fui com o meu pai várias vezes, mas mais nas férias, quando estou menos ocupado", conta Sun.
Em 2010, a China foi a primeira no ranking mundial do Pisa, um teste que avalia a capacidade dos alunos do ensino médio em provas de leitura, matemática e ciência. A fama chinesa de um sistema de ensino rigoroso parece dar resultados: conforme o Instituto de Educação Internacional dos Estados Unidos, o país ultrapassou os tradicionais Canadá e Coreia do Sul em número de alunos enviados para as grandes universidades norte-americanas (MIT, Stanford, Yale, Harvard), com cerca de 100 mil jovens chineses matriculados.
Ainda que o país exporte centenas de milhares de jovens cientistas, a intenção do governo central é trazê-los de volta à China para liderarem pesquisas no setor de inovação. É o caso de Robin Li, o engenheiro e empresário que se tornou o homem mais rico da China em 2011 com o buscador de internet Baidu, criado por ele em 2000.
Especial para Terra

sábado, 30 de março de 2013

Quem dorme até tarde não é vagabundo, diz ciência


Segundo neurologistas, o que essas pessoas têm é distúrbio do sono atrasado
por Bruna Bernacchio

Pessoas com o gene da "verpertilidade" têm predisposição para acordar tarde
Alvo de críticas de familiares e amigos, quem gosta de ficar na cama até a hora do almoço pode ter um motivo científico para a "vagabundagem": o distúrbio do sono atrasado. O assunto foi um dos temas abordados no 6º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, que aconteceu recentemente em Gramado.

O organismo humano tem um ciclo diário, de modo que os níveis hormonais e a temperatura do corpo se alteram ao longo do dia e da noite. Depois do almoço, por exemplo, o corpo trabalha para fazer a digestão e, conseqüentemente, a temperatura sobe, o que pode causar sonolência.

Quando dormimos, a temperatura do corpo diminui e começamos a produzir hormônios de crescimento. Se dormirmos durante a noite, no escuro, produzimos também um hormônio específico chamado melatonina, responsável por comandar o ciclo do sono e fazer com que sua qualidade seja melhor, que seja mais profundo.


Pessoas vespertinas, que têm o hábito de ir para a cama durante a madrugada e dormir até o meio dia, por exemplo, só irão começar a produzir seus hormônios por volta das 5 da manhã. Isso fará com que tenham dificuldade de ir para a cama mais cedo no outro dia e, consequentemente, de acordar mais cedo. É um hábito que só tende a piorar, porque a pessoa vai procurar fazer suas atividades durante o final da tarde e a noite, quando tem mais energia.

O pesquisador Luciano Ribeiro Jr. da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), especialista em sono, explica que esse distúrbio pode ser genético: "Pessoas com o gene da ‘vespertilidade’ têm predisposição para serem vespertinas. É claro que fator social e educação também podem favorecer”. Mas não se sabe ainda até que ponto o comportamento social pode influenciar o problema.

A questão, na verdade, é que o vespertino não se encaixa na rotina que consideramos normal e acaba prejudicado em muitos aspectos. O problema surge na infância. A criança prefere estudar durante a tarde e não consegue praticar muitas atividades de manhã. Na adolescência, a doença é acentuada, uma vez que os jovens tendem a sair à noite e dormir até tarde com mais frequência.


A característica vira um problema quando persiste na fase adulta. “O vespertino é aquele que já saiu da adolescência. Pessoas acima de 20 anos de idade que não conseguem se acostumar ao ritmo de vida que a maioria está acostumada”, diz Luciano. Segundo ele, cerca de 5% da população sofre do transtorno da fase atrasada do sono em diferentes graus e apenas uma pequena parcela acaba se adaptando à rotina contemporânea.

O pesquisador conta também que, além do preconceito sofrido pelos pais, professores e, mais tarde, pelos colegas de trabalho, o vespertino sofre de problemas psiquiátricos com maior frequência: depressão, bipolaridade, hiperatividade, déficit de atenção são os mais comuns. Além disso, a privação do sono profundo, quando sonhamos, faz com que a pessoa tenha maior susceptibilidade a vários problemas de saúde: no sistema nervoso, endócrino, renal, cardiovascular, imunológico, digestivo, além do comportamento sexual.

O tratamento não envolve apenas remédios indutores do sono, como se fosse uma insônia comum. É necessária uma terapia comportamental complexa, numa tentativa de mudar o hábito, procurando antecipar o horário do sono. Envolve estímulo de luz, atividades físicas durante a manhã e principalmente um trabalho de reeducação.

E as pessoas que têm o hábito de acordar às 4 ou 5 horas da manhã? “O lado oposto do vespertino é o que a gente chama de avanço de fase. Só que esse não tem o problema maior no sentido social. Ele está mais adaptado aos ritmos sociais e profissionais. Os meus pacientes deste tipo têm orgulho, já ouvi mais de uma vez eles dizendo ‘Deus ajuda quem cedo madruga’”, diz o neurologista.

Fonte : Revista Galileu

POR QUE LER DÁ SONO?

O problema não é a leitura, é você. E a hora em que resolve abrir o livro por Cristine Kist
  



Não é ler um livro que dá sono, claro, mas substâncias químicas que agem no corpo. Uma delas é a adenosina, que se acumula ao longo do dia. Quanto mais adenosina, maior o sono, explica Fábio Haggstram, diretor do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital São Lucas, de Porto Alegre. Ou seja, o problema, na verdade, é a hora da leitura. Experimente ler em outro horário. Você pode até sentir preguiça, não conseguir nem virar a página e se entediar. Mas não terá sono.

Já a segunda substância envolvida é a melatonina. Ela regula o sono, pois é liberada quando o ambiente escurece. Por isso dormimos, normalmente, à noite. E, como a luz inibe a produção de melatonina, quem lê no tablet, por exemplo, tende a sentir menos sono do que quem lê no papel. É por esse mesmo motivo que é mais fácil passar horas na internet ou vendo televisão do que ler um bom livro de madrugada. Não se sinta culpado se a TV estiver mais agradável às 4h.

Três dicas para não dormir

Ponha a leitura em dia antes de cair no sono

1. Começou a bocejar? Levante e dê uns pulinhos. Estar acordado é reagir a estímulos, e esse pequeno exercício nada mais é do que um estímulo motor. De quebra, vai ajudar a quebrar a monotonia.
2. Ler em voz alta exercita outras partes do cérebro, como o lobo temporal (relacionado à audição) e o lobo frontal (relacionado à produção da fala), e vai acabar com aquela preguiça momentânea.

3. Leia sentado. É lógico: a não ser que você tenha problema na coluna, é mais difícil dormir sentado do que deitado, já que, para dormir, é preciso relaxar toda a musculatura, o que não ocorre sentado.
Fonte: Super Interessante

O QUE MUDA NA CORREÇÃO DA REDAÇÃO NO ENEM ?


Novas regras para correção da redação do Enem

Após duas redações com deboche serem veiculadas por grande parte da mídia nacional, o MEC anunciou novas mudanças na correção das redações.
De acordo Assessoria de Comunicação Social, a partir da edição 2013, as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que receberem  nota máxima (mil pontos) passarão obrigatoriamente pela banca, composta por três professores doutores. Esta é uma das mudanças que o Ministério da Educação, juntamente com a comissão técnica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), está estudando para incluir no próximo edital do exame.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ressaltou que na edição do ano passado houve 2.084 redações com nota máxima. Segundo o próprio ministro, o MEC pretende aumentar o rigor nos próximos anos. “Nas notas máximas, nós queremos excelência. Por isso, não basta os dois primeiros corretores darem nota mil, queremos que automaticamente a banca avalie se a redação vale nota mil”, observou. “O Enem é um exame totalmente transparente. Essa transparência é exatamente para contribuir com o debate pedagógico”, completou.
Além dessa mudança, O MEC e o Inep também estudam dar nota zero para qualquer redação que apresente deboche ou provocações ao longo do texto. Na edição de 2012 do Enem, segundo Mercadante, 330 redações continham inserções indevidas. “Se for uma provocação, deboche, brincadeira, é inaceitável para a seriedade de um exame como este, principalmente diante do esforço que o Estado brasileiro faz e os outros candidatos fizeram para passar”, afirmou o ministro.
Mercadante reforçou ainda que os corretores do Enem são monitorados em tempo real e na edição de 2012, pela primeira vez, receberam treinamento de 100 horas. Segundo o ministro, o objetivo é que os profissionais estejam cada vez mais preparados.
É evidente que toda melhora na correção é bem vinda. Mas essas melhorias devem ocorrer de forma continua. Jamais devem ser motivadas por força da mídia e/ou apelo popular, como ocorreu nesse caso.

TEMAS DAS REDAÇÕES DO ENEM


Elaborando Proposta de Intervenção Social no Enem

A prova de redação do ENEM possui uma característica relativamente permanente que é a de ter, como temas de suas propostas, assuntos com cunho social, ou seja, assuntos atuais, importantes e relevantes na sociedade brasileira. Desde o início do exame, quando ele servia, somente, para avaliar os alunos do Ensino Médio, tem sido assim. Vejamos:
1998: Viver e aprender
1999: Cidadania e participação social
2000: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio social
2001: Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
2002: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?
2003: A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?
2004: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação
2005: O trabalho infantil na sociedade brasileira
2006: O poder de transformação da leitura
2007: O desafio de se conviver com as diferenças
2008: Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivos financeiros a proprietários que deixarem de desmatar ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar?
2009: O indivíduo frente à ética nacional
2010: O trabalho na construção da dignidade humana
2011: Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado
2012: Movimento imigratório para o Brasil no século XXI
Podemos dizer que até 2003 os temas eram abordados de uma forma mais abrangente e generalizada e que a partir de 2004 essa abordagem passou a ser mais específica e detalhada, focando algum determinado aspecto. Porém, desde o início do ENEM, os temas têm enfoque social, abordando assuntos fundamentais como cidadania, direitos humanos, meio ambiente, educação, convívio social, ética, política, liberdade, comunicação etc. Por vezes, um mesmo tema abrange vários destes subtemas; por exemplo, o tema da prova de 2007 “O desafio de se conviver com as diferenças” engloba a questão da discriminação, dos inúmeros preconceitos (que, infelizmente, ainda estão enraizados na sociedade, não só brasileira) e, portanto, do convívio social e da liberdade de expressão, tanto corporal, sexual, religiosa, de informação, dentre outras.
Com esta postura, o ENEM nos mostra que objetiva que os candidatos, além de argumentarem fortemente a favor do seu ponto de vista, atue como um sujeito autônomo, protagonista do seu discurso e cidadão, não apenas um sujeito passivo que não tenha nada a dizer, nada a ajudar. A escola, como instituição, tem o dever de formar cidadãos conscientes, proativos e protagonistas de suas vidas e de seus dizeres, já que todos nós temos (e muito) o que falar. Por isso que o ENEM tem como sua quinta competência a elaboração de uma proposta de intervenção social para o tema abordado, respeitando os direitos humanos.
O MEC (Ministério da Educação e Cultura), afirma que esta proposta de intervenção social deve ser o mais elaborada, detalhada e inovadora possível, além de estar de acordo com toda a argumentação realizada anteriormente no restante do texto. O detalhamento é fundamental para que o leitor avalie a aplicabilidade desta proposta de solução, isto é, o quanto ela é praticável. Assim, propor soluções muito difícies, complicadas e inverossímeis não adianta, já que a solução deve ser palpável. Assim, a intervenção deve ser coerente com o restante do texto e com a realidade brasileira ou até regional se o candidato abordar um caso específico de seu estado, cidade ou comunidade (bairro, escola, grupos etc), além de respeitar integralmente os direitos humanos, ponto fundamental da competência. Propostas de solução preconceituosas, discriminatórias, homofóbicas, dentre outros, terão, aqui, nota 0, com toda a razão, pois devemos combater qualquer e todo tipo de violência discriminatória.
O ENEM avalia esta parte do texto com base nas seguintes comparações:
• presença da propostas x ausência da proposta;
• proposta explícita x proposta implícita
• proposta detalhada x proposta não detalhada
Então, primeiramente, a redação deve ter uma proposta de intervenção social como essência de um texto de um sujeito ativo, protagonista e cidadão, deve ser explícita e o mais detalhada possível. A maior pontuação irá para a proposta de solução mais inovadora, clara e detalhada no que concerne a sua realização e coerente com o restante do texto.
Por exemplo, no ENEM 2006 que teve como tema o poder de transformação da leitura, o candidato poderia ter sugerido um projeto municipal que aproximasse as pessoas dos livros, revistas e jornais através de bibliotecas intinerantes nos bairros, nas quais fosse possível o empréstimo de materiais por um determinado tempo e de graça ou a presença de mini bibliotecas em lugares de grande circulação como terminais rodoviários, centros urbanos, postos de saúde ou, ainda, que o governo subsidiasse mais a indústria editorial para que o preço os livros baixasse, para que eles se tornem mais acessíveis à população, além de projetos de incentivo à leitura nas escolas através do prazer e não da obrigação, nos quais os alunos escolham o que querem ler e a escola mude o modo de avaliação que, normalmente, são provas, fichas de leitura que desmotivam o gosto pela leitura etc e passem a avaliar de forma mais dinâmica, mais interativa.
Enfim, soluções para problemas não faltam! Basta estar bem informado e ter criatividade coerente com o seu texto e a realidade para pontuar, e bem, nesta competência, além de atuar como um verdadeiro cidadão protagonista, não apenas alguém que assiste tudo sem nada fazer, sem valer sua voz.
Até a próxima semana!
*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA

DOCUMENTOS DIGITALIZADOS DA DITADURA MILITAR

Documentos da ditadura estarão disponíveis na internet a partir de segunda
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil


 cumpra-se.org

Brasília - Os arquivos e prontuários do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops), órgão de repressão do país no período da ditadura, poderão ser acessados na internet a partir da próxima segunda-feira (1º). Ao todo, cerca de 1 milhão de páginas de documentação foram digitalizadas.
O trabalho é resultado da parceria entre a Associação dos Amigos do Arquivo Público de São Paulo e o projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

tecciencia.ufba.br
De acordo com o Ministério da Justiça, as informações, além de serem um importante registro histórico, poderão facilitar o trabalho de reparação feito pela Comissão de Anistia, uma vez que poderão ser usadas como ferramenta para que perseguidos políticos consigam comprovar parte das agressões sofridas.

A digitalização dos documentos foi feita em dois anos e deve continuar até 2014. Para a realização do trabalho, a Comissão de Anistia transferiu mais de R$ 400 mil à Associação de Amigos do Arquivo. Em dezembro de 2012, o Ministério da Justiça autorizou novo repasse, de mais R$ 370 mil, para digitalização de outros acervos.

A cerimônia de lançamento do portal na internet está marcada para a próxima segunda-feira, às 10h30, no Arquivo Nacional de São Paulo.

sexta-feira, 29 de março de 2013

LIXO ESPACIAL

Lixo espacial


Reuters

A colisão entre um satélite russo e outro americano em meados de fevereiro reacendeu o debate sobre os riscos do acúmulo de lixo espacial para a humanidade. Desde o lançamento do Sputnik, o primeiro objeto a entrar em órbita, em 1957, a evolução tecnológica permitiu que naves, foguetes e outras centenas de satélites explorassem o espaço tranquilamente. Após perderem a utilidade, porém, esses objetos permaneceram no mesmo local e passaram do status de exploradores para o de poluidores espaciais. Atualmente, cerca de 17.000 destroços com mais de 10 centímetros giram em torno do Planeta Terra, provocando colisões e danificando naves (na imagem acima, uma montagem feita em computador mostra o acúmulo do lixo ao redor do planeta). Saiba as consequências disso e quais são as possíveis soluções para a realização de uma “faxina no espaço”.



1. O que é lixo espacial?

2. Quando surgiu? Como está a situação atualmente?
3. Então a evolução tecnológica só serviu para “poluir” o espaço?
4. O que acontece com os detritos que ficam no espaço e ninguém retira?
5. É possível ser atingido por um pedaço de satélite, por exemplo?
6. Na pior das hipóteses, quais são os riscos do acúmulo de lixo espacial?
7. Na prática, como os detritos espaciais poderiam afetar a vida do homem? 
8. É possível fazer uma “faxina espacial”?
9. Quais métodos já foram apresentados? 
10. Há alguma alternativa para evitar que os satélites que estão em órbita não se tornem lixo espacial? 
11. Por quê o uso das órbitas-cemitério não é tão comum? 
12. As agências espaciais se preocupam com esse tema? 
13. O Brasil também tem sua parte de responsabilidade na “poluição do espaço”?



1. O que é lixo espacial?

O lixo espacial é composto detritos de naves, combustíveis, satélites desativados, lascas de tinta, combustível, pedaços de mantas térmicas e foguetes, objetos metálicos e até mesmo ferramentas perdidas por astronautas durante as suas explorações espaciais. “O que existe é uma grande nuvem de objetos dos mais variados tamanhos e pesos, desde um grama até toneladas”, explicou Petrônio Noronha de Souza, chefe do laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

2. Quando surgiu? Como está a situação atualmente?
O grande precursor do acúmulo de detritos no espaço foi o Sputnik, o primeiro satélite artificial da Terra, lançado em 1957 pela antiga União Soviética. Hoje em dia, com a evolução tecnológica, há cerca de 800 satélites ativos em órbita. Enquanto isso, segundo o chefe do laboratório do Inpe, a órbita se tornou um “vasto lixão espacial”. De acordo com dados divulgados em 2008 pela Nasa, a agência espacial americana, foram contabilizados no espaço aproximadamente 17.000 destroços acima de 10 centímetros, 200.000 objetos com tamanho entre 1 e 10 centímetros e dezenas de milhões de partículas menores que 1 centímetro.

3. Então a evolução tecnológica só serviu para “poluir” o espaço?
Não necessariamente. Para Souza, a contrapartida da sujeira produzida pela evolução da tecnologia foi o benefício que ela trouxe para sociedade. “Não podemos dizer que tudo é lixo e apenas nos causa mal. Tudo que está lá sempre teve um propósito, nada foi colocado só para poluir. O lixo acumulado é um preço que se paga em função de um beneficio adquirido”, lembra ele.

4. O que acontece com os detritos que ficam no espaço e ninguém retira?
Nem tudo o que foi colocado no espaço permanece em órbita. Souza explicou que os detritos vão paulatinamente perdendo altitude e, mais cedo ou mais tarde, caem na Terra. Segundo o chefe do laboratório do Inpe, detritos que estão em altitudes baixas caem mais rápido, em meses. Já os mais altos permanecem por décadas. “Quando um satélite é lançado, ele permanece lá por meses ou anos e, ao final da vida útil, é simplesmente desligado. Ao ser desligado, o satélite deixa de ser usado e se transforma em lixo. É como se alguém abandonasse um carro e o deixasse ali. Porém, é viável pegar um carro velho e levar para o pátio. E no caso do satélite não existe um pátio”, compara Souza.

5. É possível ser atingido por um pedaço de satélite, por exemplo?
Essa possibilidade existe, mas a chance de ser atingido é reduzidíssima. Desde o início da corrida espacial, foram inúmeros os registros de quedas de detritos em diversas localidades, como os Estados Unidos, a Austrália e a África. Conforme Souza, porém, muitas vezes o lixo acaba queimando antes de cair na Terra. Quando consegue atravessar a atmosfera, o lixo espacial ainda enfrenta a probabilidade de cair no mar, já que os oceanos ocupam 75% da Terra. “Nunca vai acontecer uma tempestade de lixo espacial, a física não permite isso. É ficção científica”, esclarece o especialista.

6. Na pior das hipóteses, quais são os riscos do acúmulo de lixo espacial?
O cenário mais remoto, porém fisicamente demonstrável, é a Síndrome de Kessler. A hipótese, apresentada por um físico da Nasa, sustenta que haverá um momento em que o espaço terá tantos detritos que será impossível utilizá-lo para as necessidades da humanidade. Isso porque, quando dois objetos se chocam, eles geram mais fragmentos, multiplicando assim o número de elementos em órbita. “Isso lembra uma reação em cadeia, em que choques vão gerando choques e mais choques, como se quase tudo que estivesse em orbita criaria um cinturão e inviabilizaria completamente o uso do espaço”, diz Souza.

7. Na prática, como os detritos espaciais poderiam afetar a vida do homem?
Para a saúde do planeta Terra, o lixo espacial não tem a menor importância, já que representa uma quantidade de massa insignificante, segundo explicou o chefe do laboratório do Inpe. A grande afetada, caso o espaço fosse inutilizado, seria a sociedade. Os satélites que atualmente estão em órbita, por exemplo, são responsáveis por transmitir dados, sinais de televisão, rádio e telefone, sem contar os equipamentos que observam a Terra, fornecem informações sobre mudanças climáticas, podem antecipar fenômenos naturais e fazer o mapeamento de áreas. “O grande problema do lixo espacial está lá em cima: é a probabilidade desses fragmentos danificarem equipamentos necessários para o homem”, explicou o especialista brasileiro.

8. É possível fazer uma “faxina espacial”?
“Limpar o espaço não é como limpar um terreno baldio. Não existe tecnologia para remover esses objetos em órbita, porque a limpeza não é viável”, diz Petrônio Noronha de Souza. Ele explica que a tecnologia não existe de fato - há apenas algumas idéias. A concretização desses métodos, contudo, exige um gasto tão astronômico que a viabilidade técnica acaba sendo questionada.

9. Quais métodos já foram apresentados?
A seguir, algumas das formas já propostas para tentar tirar o lixo do espaço:
Redes: Sistema de redes gigantes, que formaria um cesto capaz de capturar os detritos e jogá-los mais para baixo.
Lasers: Instalar canhões de laser em alguns pontos estratégicos e disparar contra o lixo, para desviar sua órbita para mais perto do planeta. Com isso, o lixo queimaria até desaparecer.
Fios: Cabos condutores de cobre poderiam ser acoplados a satélites desativados para que eles pudessem ser atraídos pelo campo magnético da Terra.
Espuma: Um painel de espuma seria colocado na rota dos detritos. Assim que os objetos passassem por ele, teriam sua velocidade reduzida, caindo de volta no planeta.
Braço: Uma espécie de nave não-tripulada, guiada por radares e câmeras, seria equipada com braços robóticos para coletar os detritos.

10. Há alguma alternativa para evitar que os satélites que estão em órbita não se tornem lixo espacial?
Sim. O chefe do laboratório do Inpe explica que, para evitar que as centenas de satélites em atividade se transformem em lixo espacial ao fim de suas atividades, é preciso programá-los para que eles sigam em direção às chamadas órbitas-cemitério. Assim, os satélites ficariam em lugares bem distantes da Terra, sem oferecer riscos de colisões. De acordo com a Nasa, a cada ano, cerca de 200 pedaços de lixo espacial com mais de 10 centímetros entram no espaço.

11. Por que o uso das órbitas-cemitério não é tão comum?
Muitas vezes isso não ocorre por razões financeiras. De acordo com Souza, um satélite é projetado para permanecer em órbita por cerca de quatro anos. Retirá-lo de lá antes de se auto-desligar para movê-lo em direção a outro lugar significa interromper um trabalho que custa caro. Se a empresa demora muito, acaba ficando tarde demais. Souza explica que, ultimamente, as operadoras de telecomunicações, que possuem posições orbitais muito bem determinadas, têm se interessado em alterar a rota para as órbitas-cemitério. Isso ocorre porque, se o satélite continuar no mesmo local, pode vir a atrapalhar a instalação de um novo.

12. As agências espaciais se preocupam com esse tema?
A maioria das organizações possui um núcleo para tratar de assuntos relacionados ao lixo espacial. Em 1986, a ESA, agência espacial europeia, criou um grupo para analisar e estudar os detritos no espaço. Neste ano, a ESA investiu 64 milhões de dólares em um programa chamado Conscientização da Situação Espacial. Já a Nasa criou, em 1997, o Centro de Estudos de Órbita e Re-entrada de Destroços. Além dessas, há também a Inter-Agency Space Debris Coordination Committee (IADC), que se propõe a ser um órgão internacional que coordena atividades relacionadas a assuntos ligados ao lixo espacial. O IADC agrega agências espaciais de países como Alemanha, Índia, China e Japão. As organizações costumam recomendar práticas ideais, mas que dificilmente são adotadas, já que não são imposições legais. “As organizações não têm força de lei. Somente fazem sugestões que as nações adotam ou não”, explica Souza.

13. O Brasil também tem sua parte de responsabilidade na “poluição do espaço”?
Segundo Souza, o Brasil possui dois satélites de coleta de dados e mais três satélites em conjunto com a China. “Nenhum desses cinco dispõe de um sistema para que seja feita sua remoção em órbita. Por isso, o Brasil não pode se eximir.”
Fonte : Revista Veja.

ATAQUE QUE ABALOU A INTERNET.

Entenda o ataque que abalou a internet
Saiba como se dá uma ofensiva DDoS e o que aconteceu com o site da Spamhaus
28 de Março de 2013 
Stephanie Kohn
Nesta semana aconteceu o maior ciberataque da história. Uma briga entre a Spamhaus,  organização anti-spam, e a hospedeira de sites Cyberbunker, que estava na lista negra do grupo, quase derrubou a internet em diversas partes do mundo. 

A ofensiva, considerada seis vezes mais agressiva que as direcionadas a bancos, usou uma estratégia já conhecida, a de negação de serviço distribuído (DDoS, na sigla em inglês). Para entender como se dá esta agressão, o Olhar Digital conversou com o analista de segurança da Ananke, Guilherme Bistolfi.

O especialista explica que um ataque de negação é identificado pela mudança no fluxo de acessos a um site - ou seja, de repente, um número de “pessoas” muito acima do normal tenta acessá-lo simultaneamente. Imagine uma situação hipotética em que o Olhar Digital seja o alvo. O analista dos nossos servidores avalia de onde estão vindo os acessos, quem são as pessoas envolvidas e quais as páginas que estão gerando essas entradas. Caso o aumento da audiência não seja justificado pelo apelo de uma matéria bombástica (morte de Steve Jobs, por exemplo), tudo aponta para uma invasão.

Como os ataques DDoS utilizam uma rede de máquinas zumbis, que tentam acessar ao mesmo tempo a página de um site, há sobrecarga no servidor, que fica, então, impossibilitado de atender a todas as requisições simultâneas. É como abrir vários programas no computador ao mesmo tempo: ele fica lento e até pode travar. Para evitar que o servidor entre em colapso e pare de funcionar, o analista pede para que o seu fornecedor barre todos estes acessos.

"É como se fosse um condomínio em que o prédio é o Data Center e o elevador é o link interno que leva as informações para o térreo (site). O que fazemos é pedir que o fornecedor vete os acessos desses computadores zumbis já na entrada do prédio, assim ele não cai. Se o elevador ficar lotado, imagine o que pode acontecer", brinca.

Normalmente, um ataque DDoS de 50 Gb/s (gigabits por segundo) é suficiente para derrubar um site de banco. Mas no episódio desta semana a equipe da Spamhaus sofreu agressões de até 300 Gb/s por cerca de sete dias. Os computadores que formam a botnet (rede autônoma e automática) enviaram solicitações aos servidores DNS que, por estarem com problemas, direcionaram todas as solicitações ao site da Spamhaus.

Os DNS são responsáveis por direcionar os endereços dos sites digitados, como www.olhardigital.com.br, por exemplo, ao seu local de destino. Assim, ao digitar a URL de uma página, ele informa ao computador qual é o IP de destino. A partir daí, o servidor é acessado e o site escolhido aparece na tela.

No caso da Spamhaus, quando o fluxo de dados nos servidores chegou a 100 Gb/s, já tinha sido qualificado como um dos maiores ataques registrados. Para ajudar na defesa, o grupo anti-spam contratou uma empresa de segurança chamada CloudFlare, que acabou se tornando alvo dos hackers também. No blog da companhia, há mais informações sobre o movimento online. Clique aqui para ler o post (em inglês).

Fonte: OlharDigital

GOLPES PELA WEB . COMO SE PROTEGER ?


www.websinder.uol.com.br

Seis cuidados para não ser enganado na Black Friday

A megaliquidação Black Friday,  costuma ser explorada por criminosos que aplicam golpes na web.

Veja como se proteger deles

São Paulo —  Já é comum a Black Friday, a grande liquidação anual realizada depois do Dia de Ação de Graças. Tradicional nos Estados Unidos, a sexta-feira de ofertas vem ganhando força no Brasil. Mais de 300  lojas devem aderir neste ano e oferecer descontos que, em alguns casos, chegam a 70%. E, como sempre, a maioria das ofertas deve ser de produtos eletrônicos.
A data também é explorada por criminosos, que procuram atrair consumidores menos cuidadosos com ofertas irresistíveis na web. Sites falsos que coletam dados de cartões de crédito são um tipo de fraude comum nessas situações. Veja alguns cuidados com a segurança para se proteger desses crimes digitais.

1 Endereço

Certifique-se de que o endereço (URL) da página em que você está comprando é mesmo o da loja. Ele deve terminar em algo como “empresa.com.br”, onde “empresa”, claro, é o nome da loja. Cuidado com endereços como “empresa.servidor-x.com.br”. Nesse caso, você estaria se conectando ao servidor-x disfarçado com o nome da empresa. É um indício de que esse pode ser um site falso.

2 Conexão segura

Todas as lojas online sérias usam conexões criptografadas na hora de transmitir os dados dos consumidores em segurança. Isso é indicado pela sequência de caracteres “https://” no início do endereço da página onde é feito o pagamento. Se, nessa página, a sequência foi “http://” (sem o “s”), os dados serão transmitidos de forma insegura e poderão ir parar nas mãos de criminosos.

3 Observe os sinais

Os browsers sinalizaram quando uma conexão é segura e leva a um site com identidade confirmada. Um cadeado fechado é o símbolo normalmente usado para isso. Em alguns casos, o link aparece na cor verde. Clicando no símbolo do cadeado, podem-se ver outras informações sobre a segurança do site. 

4 Procure o selo

No caso de lojas menos conhecidas, a presença de um selo atestando a segurança é uma garantia extra de que se trata de um site autêntico. Clique no selo para ver mais informações e certifique-se de que ele é emitido por uma empresa certificadora idônea. Afinal, sites falsos também podem conter selos falsos.

5 Cuidado com a senha

Quem usa senhas fracas se expõe a riscos consideráveis. Ao criar sua senha, combine letras maiúsculas e minúsculas, números e sinais. Empregue uma palavra diferente para cada site. Uma maneira prática de elaborar uma senha segura e fácil de lembrar é usar as iniciais das palavras de uma frase. Considere, por exemplo, a frase “Aos 18 anos eu tinha um cachorro chamado Brutus”. Juntando as iniciais, temos “A18aetuccB”, uma boa senha.

6 Faça uma busca

Se você não conhece a loja, faça uma pesquisa na web sobre ela. Procure por reclamações de compradores. Você pode descobrir, por exemplo, que aquele varejista atrasa as entregas ou vende mercadorias com defeito. Além disso, uma recomendação óbvia, mas sempre válida, é desconfiar de ofertas boas demais. Se a promoção parecer esquisita, redobre os cuidados.

Fonte: EXAME.com

Coreia do Norte posiciona mísseis contra bases dos EUA

Ordem é reação a exercícios militares de Washington e Seul perto da fronteira 28/03/2013
Ditador Kim Jong-un comanda treinamento militar na Coreia do Norte
Ditador Kim Jong-un comanda treinamento militar na Coreia do Norte (KCNA / AFP)
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou nesta sexta-feira o posicionamento de mísseis estratégicos para atacar bases militares dos Estados Unidos no Pacífico e na Coreia do Sul. A ordem foi dada depois de reunião de emergência do alto comando militar do país comunista. "O Exército precisa estar preparado para reagir perante a chantagem nuclear americana com um ataque atômico sem piedade e uma guerra sem quartel", afirmou Kim. Entre os alvos citados no comunicado estão bases militares americanas no Havaí e na ilha de Guam, na Oceania. 
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A decisão do regime comunista é uma reação aos exercícios militares promovidos por americanos e sul-coreanos em áreas muito próximas ao limite territoriral das duas Coreias, que foram considerados provocativos por Pyongyang. As manobras incluíram o uso de bombardeiros estratégicos B-2, capazes de lançar bombas nucleares, e são uma tentativa de intimidar a Coreia do Norte a limitar sua retórica belicista, inflamada nas últimas semanas.
Defesa – O secretário americano da Defesa, Chuck Hagel, disse na quinta-feira que os Estados Unidos estão "preparados para enfrentar qualquer eventual" ameaça da Coreia do Norte, admitindo que o risco ligado a Pyongyang tem crescido.
"Estaremos preparados – e precisamos estar preparados – para enfrentar eventuais ameaças", disse Hagel.  "Devemos dizer claramente que tomamos essas provocações (da Coreia) do Norte muito a sério e reagiremos".  Os Estados Unidos têm 28.500 militares na Coreia do Sul para enfrentar um eventual ataque da Coreia do Norte.
Provocações – A Coreia do Norte tem adotado uma série de provocações contra o país vizinho e os Estados Unidos. Desde o início do mês, após a ONU aumentar as sanções ao  país comunista em represália à realização de um novo teste nuclear em 12 de fevereiro, o governo norte-coreano faz quase diariamente declarações hostis ao país vizinho e ameaça atacar os EUA, principal aliado sul-coreano.
Em meio ao  aumento da tensão na península coreana, o regime de Kim Jong-un já ameaçou fazer um "ataque nuclear preventivo" aos EUA, anulou o armistício que suspendeu a Guerra da Coreia (1950-1953) e prometeu atacar alvos americanos na Ásia.

Cronologia do programa nuclear da Coreia do Norte

 Década de 90
Veículo militar carrega míssil Taepodong em desfile na Coreia do Norte
Em 1993, o país realiza um teste com um míssil Nodong, uma versão melhorada do Scud com alcance de 1.300 km – distância que permite atingir o Japão e Taiwan. No teste, o míssil segue por 500 km antes de cair no Mar do Japão. Apesar dos problemas técnicos do projeto, o teste causa preocupação porque o míssil poderia potencialmente carregar uma ogiva nuclear.
No ano seguinte, a Coreia do Norte deixa de fazer parte da Agência Internacional de Energia Atômica e diz que a presença dos inspetores da agência no país não será mais permitida.
No final da década, Pyongyang anuncia a criação dos mísseis Taepodong 1 e 2, que têm alcance ainda maior. O Taepodong 2 alcança cerca de 6.700 km, o suficiente para atingir o Alaska. Em 31 de agosto de 1998, a Coreia do Norte dispara um Taepodong 1 contra o Japão, que cai no Oceano Pacífico. O governo afirmou que era uma tentativa de lançar um satélite no espaço.
Em setembro de 1999, a Coreia do Norte se compromete a suspender os testes com mísseis de longo alcance. Em resposta, o presidente americano Bill Clinton diminui as sanções econômicas contra o país. Um consórcio internacional liderado pelos Estados Unidos destina 4,6 bilhões de dólares para a construção de dois reatores nucleares na Coreia do Norte.
Fonte : Revista Veja
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(Com agência France-Presse e EFE)

quinta-feira, 28 de março de 2013

ESTATUTO DO IDOSO : PEQUENO RESUMO


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Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
Mensagem de vetoVigência
Texto compilado
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
Disposições Preliminares
        Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
        Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
        Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
        Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
        I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população;
        II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
        III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;
        IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;
        V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;
        VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;
        VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
        VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.
        IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. (Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008).
        Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.
        § 1o É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.
        § 2o As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
        Art. 5o A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei.
        Art. 6o Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.
        Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei.
TÍTULO II
Dos Direitos Fundamentais
CAPÍTULO I
Do Direito à Vida
        Art. 8o O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente.
        Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.
CAPÍTULO II
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
        Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
        § 1o O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos:
        I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
        II – opinião e expressão;
        III – crença e culto religioso;
        IV – prática de esportes e de diversões;
        V – participação na vida familiar e comunitária;
        VI – participação na vida política, na forma da lei;
        VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação.
        § 2o O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais.
        § 3o É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

quarta-feira, 27 de março de 2013

LIXO NO JAPÃO

O exemplo do Japão: lixo é um problema de cada cidadão
Do batom à bolinha de pingue-pongue, tudo deve ser descartado no lugar certo

No Japão, uma estação de metrô em Yokohama, sem lixeiras e impecavelmente limpa
oglobo.globo.com
CLAUDIA SARMENTO / O GLOBO
TÓQUIO - A capital japonesa é uma das cidades mais limpas do mundo, mas nem adianta procurar latas de lixo nas ruas, a não ser em frente às lojas de conveniência. O lixo é um problema de cada cidadão e se desfazer dele adequadamente é lei. O certo, portanto, é levá-lo para casa e separá-lo para a coleta. A divisão dos resíduos varia de uma região para outra e pode englobar mais de dez categorias, de tampinhas a eletrodomésticos (só os pequenos aparelhos, até 30 centímetros, pois os grandes devem ser recolhidos por um serviço especial). É bastante trabalhoso. Mas funciona.

Você tem o hábito de separar o lixo em casa?

O Japão é um exemplo mundial no campo da reciclagem. Em 2010, 77% dos materiais plásticos foram reciclados. A reutilização de garrafas PET chega a 72% (até 1995, não passava de 3%) e a de latas está em torno de 88%. Com 128 milhões de pessoas e pouco espaço para aterros, principalmente em metrópoles como Tóquio, o país incinera 80% do lixo que produz. Desde a década de 90, vem investindo também em métodos menos poluentes para diminuir a emissão de gases tóxicos que saem das centrais de incineração.
O Japão produz uma grande quantidade de lixo cerca de 52 milhões de toneladas vindas apenas de domicílios , mas cada cidade já tem suas leis para a reciclagem. Não basta pensar apenas nos conceitos de incinerável ou não. O processo está num estágio bem mais avançado que isso.

— A maneira como você cuida do lixo é fator fundamental na relação com os vizinhos. Os próprios moradores fiscalizam a separação, ficam sempre de olho para ver quem não está fazendo a coisa certa , conta a brasileira Sueli Gushi, que vive na região metropolitana de Tóquio.
A única maneira de aprender é seguindo um manual. O plástico exige maiores cuidados, tendo que ser dividido nas seguintes categorias: tubos; garrafas (mas não as PETS, que devem ser tratadas separadamente); tampas; caixas; sacolas e filmes; recipientes e copos; bandejas e itens que não se encaixarem em nenhuma dessas divisões, como colheres, cabides e pratos. Tudo tem que ser lavado e colocado em sacos transparentes para serem recolhidos uma vez por semana.
Na cidade de Yokohama, a meia hora da capital, os moradores recebem uma lista de instruções com quase 30 páginas. O detalhamento abrange mais de 500 itens. Quando a prefeitura iniciou a campanha, foi criticada pelo radicalismo. Até para se livrar de um batom, o morador precisava consultar o manual: o tubo devia se juntar à pilha de "metais pequenos" (que inclui também frigideiras menores do que 30 centímetros, por exemplo), mas antes o conteúdo que restara tinha que ser retirado e levado para o saco de restos incineráveis, onde também se encaixam bolinhas de pingue-pongue.
Apesar da trabalheira, a população  acostumada às regras rígidas de uma sociedade onde o coletivo está acima do individual  aderiu. Entre 2001 e 2009, o volume de lixo que não pode ser reciclado caiu 42%.

Em Odaiba, um dos bairros mais modernos de Tóquio, com prédios futuristas de cara para a baía, o reaproveitamento do lixo é de 100%. Os detritos não biodegradáveis são enviados diretamente para uma usina de processamento através de uma extensa rede. A energia produzida é utilizada pelos prédios da própria região. Já a parte biodegradável vira fertilizante.

Globo Rio

segunda-feira, 25 de março de 2013

LIXO ELETRÔNICO, O QUE FAZER?

Países pobres são destino 'de 80% do lixo eletrônico de nações ricas'
Atualizado em  18 de janeiro, 2013 -
China é um dos principais destinos mundiais de lixo eletrônico







Os países em desenvolvimento são o destino de 80% do lixo eletrônico produzido nas nações
ricas, mas carecem da infraestrutura, de tecnologias de reciclagem apropriadas e da regulamentação legal para absorver essa vasta quantidade de detritos.
Essa é uma das conclusões de um relatório divulgado  pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).


Segundo o documento O Impacto Global do Lixo Eletrônico: Lidando com o Desafio, boa parte do lixo eletrônico exportado para as nações em desenvolvimento é enviado ilegalmente, e estes detritos acabam indo parar em plantas de reciclagem informais, predominantemente em países como China, Índia, Gana e Nigéria.
Especificamente em relação à América Latina, o documento afirma que a maior parte dos países da região ''ainda precisa elaborar uma legislação para o lixo eletrônico''.
O documento afirma que houve avanços recentes na região, como na Costa Rica, o primeiro país latino-americano a criar uma legislação nacional específica sobre o tema.
Ônus
De acordo com o estudo, ''as nações em desenvolvimento estão tendo de lidar com o ônus de um problema global, sem ter a tecnologia para lidar com isso. Além disso, os países em desenvolvimento estão eles próprios cada vez gerando maiores quantidades de lixo eletrônico'.

O estudo afirma que está havendo um aumento rápido na geração de lixo eletrônico doméstico produzido na China, no Leste Europeu e na América Latina.
Um total de 40 bilhões de toneladas de lixo eletrônico é produzido anualmente. Estima-se que 70% dos produtos eletrônicos descartados e exportados todos os anos vá parar na China e que esta proporção estaria aumentando.
Muitas vezes, esse lixo exportado para a China é reexportado para outros países do Sudoeste asiático, como Cambodja e Vietnã.
De um modo geral, as exportações de pequeno porte são destinadas a países da África Ocidental. Mas o relatório diz que essa proporção deverá crescer, devido à adoção de leis mais duras por parte dos países do Sudeste Asiático, que costumavam absorver parte desse comércio.
Entre os principais problemas ligados ao lixo eletrônico, de acordo com o relatório, estão a ausência de regulamentações para assegurar a segurança dos que lidam com esses produtos descartados e a falta de incentivos financeiros para reciclar detritos eletrônicos de forma responsável.
A manipulação desses detritos traz vários riscos à saúde pela presença de materiais tóxicos.
Entre as recomendações feitas no documento da OIT, está a adoção de legislações apropriadas por parte dos países em desenvolvimento, a regularização do setor informal de reciclagem e a organização de trabalhadores que lidam com detritos eltrônicos em cooperativas.




















Fonte: BBC Brasil