sábado, 31 de outubro de 2015

PRESTEI O ENEM 2015, E AGORA, O QUE FAZER? POR INFOENEM.

Prestei o Enem 2015, E Agora, o Que Fazer? | infoEnem



Prestei o Enem 2015, E Agora, o Que Fazer?
Posted: 31 Oct 2015 10:33 AM PDT
Você prestou o Enem e está ansioso para saber o que fazer a seguir, certo? Dentre as diversas opções, elencamos os principais passos para você, que batalhou até agora, seguir.
Primeiramente, verifique seu desempenho na prova de acordo com o gabarito oficial, liberado nesta semana pelo Inep. Isso irá auxiliar a comparar seu resultado nesse ano com os anos anteriores e, o mais importante, poder analisar se sua pontuação é compatível com o curso desejado mesmo antes da abertura do Sisu. Para isso, recomendamos acessar esse artigo. Devemos lembrar que, apesar de o Enem ser aprimorado a cada ano e haver diferenças entre a demanda para determinado curso, analisar os resultados dos anos anteriores é uma estratégia válida para abalizar suas possibilidades no Sisu.
Caso você não saiba ainda exatamente do que se trata, o Sistema de Seleção Unificada – Sisu – é o sistema informatizado a partir do qual as instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Enem. Ele ocorre duas vezes ao ano, sempre no início do semestre letivo. A inscrição é gratuita, em uma única etapa, e é feita pela internet. De acordo com o site oficial, ainda não há cronograma para a utilização da nota do Enem 2015, porém, tradicionalmente, essa etapa deverá ocorrer em janeiro de 2016. Nesse ano, para fins comparativos, o sistema abriu no dia 19 de janeiro. Dessa forma, fique ligado que avisaremos por aqui as novidades.
O Prouni também é uma opção para o aluno que prestou o Enem. Nesse caso, trata-se do programa do Ministério da Educação que concede bolsas de estudo integrais e parciais de 50% em instituições privadas de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior.
Diferentemente do Sisu, o Prouni exige que o aluno atenda a ao menos uma das seguintes condições: ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública; ter cursado o ensino médio completo em escola da rede privada, na condição de bolsista integral; ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em escola da rede privada, na condição de bolsista integral; ser pessoa com deficiência; ser professor da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica e integrando o quadro de pessoal permanente da instituição pública e concorrer a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura. Mais informações podem ser acessadas aqui.
Há, ainda, a opção pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Nesse caso, trata-se de um programa que financia cursos de graduação em instituições particulares. Para ter direito esse programa, de acordo com o último edital disponível, o aluno deve ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até dois e meio salários mínimos; ter participado de alguma das edições do Enem a partir de 2010 e obtido nota mínima de 450 pontos na média das provas e não ter zerado a nota na redação.
Por fim, ainda é possível utilizar a nota do Enem para se inscrever em exames de admissão de universidades estrangeiras, como já ocorre com algumas instituições portuguesas.
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MUNDO VIVEU PRIMEIROS 9 MESES MAIS QUENTES EM 2015.

Mundo viveu primeiros nove meses mais quentes em 2015, alerta Organização Meteorológica Mundial (OMM)

Publicado em outubro 29, 2015 
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Entre janeiro e setembro desse ano, foi registrada uma alta de 0,85ºC na temperatura média global, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial. A temperatura média para o mês de setembro, por exemplo, teve a maior elevação em 136 anos.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou, nesta segunda-feira (26), que o mundo, em 2015, teve os primeiros nove meses mais quentes já registrados. A soma das altas acumuladas ao longo do ano indicam que a temperatura média global teve um aumento de 0,85ºC, em relação aos valores calculados para o século passado. A temperatura média do mês de setembro, por exemplo, teve a maior elevação em 136 anos.
De acordo com dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), em setembro desse ano, a temperatura global do ar sobre a terra e sobre a superfície do mar esteve 0,90ºC mais alta que a média registrada no século XX. O recrudescimento do fenômeno climático El Niño provocou também uma elevação inédita da temperatura do oceano no mesmo mês. A superfície do oceano esteve 0,81ºC mais quente em setembro de 2015, em comparação com as taxas do século passado para o período.
No acumulado desse ano, a elevação da temperatura do ar, seja sobre a terra, seja sobre os mares, cai para 0,85ºC, mas continua batendo o recorde estabelecido em 2014, quando uma alta de 0,12ºC foi verificada em comparação aos valores do século XX. Anteriormente, a OMM já havia divulgado que a primeira metade de 2015 foi a mais quente de todos os tempos.
Em novembro, a agência da ONU publicará seu relatório anual sobre a situação do clima. Também será disponibilizado um estudo sobre o período de 2011 a 2015. As pesquisas servirão de subsídios para a Conferência do Clima de Paris, que acontece em dezembro.
Informe da ONU Brasil, in EcoDebate, 29/10/2015

DEMOGRAFIA: POPULAÇÃO BRASILEIRA.

As transições brasileiras e o fim do desenvolvimento, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Publicado em outubro 28, 2015 

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[EcoDebate] O Brasil passou por diversas transições durante os últimos 200 anos, caracterizados pelo processo de desenvolvimento social e econômico. As principais transições e características são:
  • A população brasileira cresceu quase 20 vezes entre 1872 e 2010. Atingiu o máximo de crescimento nas décadas de 1950 e 1960, reduziu o ritmo a partir de 1970 e deve continuar crescendo lentamente até 2040, para, em seguida, fazer a transição para o decrescimento;
  • Os homens eram maioria da população brasileira até a década de 1930. A transição da razão de sexo ocorreu a partir de 1940, quando o sexo feminino tornou-se maioria e, progressivamente, tem aumentado o superávit de mulheres no país;
  • As mulheres vivem mais do que os homens, são maioria do eleitorado, possuem maior nível de escolaridade e já são maioria na PEA com mais de 11 anos de estudo. Elas estão fazendo a transição da exclusão para o empoderamento relativo;
  • A população urbana passou de 19 milhões, em 1950 para 161 milhões, em 2010 (de 36% para 84%). As regiões Norte e Centro-Oeste são as que mais crescem. A transição urbana foi acompanhada pela concentração da população nos municípios com mais de 100 mil habitantes e o interior aumentando a participação em relação às cidades litorâneas.
  • Existe um processo de transição epidemiológica e de declínio das taxas de mortalidade e natalidade, sendo que a transição demográfica deve continuar até a inversão das duas curvas (TBN e TBM);
  • Antes de 1970, o número médio de filhos por mulher estava acima de 6 e caiu para menos de 2 filhos. Isto quer dizer que a transição da fecundidade já chegou a níveis abaixo da reposição populacional;
  • O Brasil está saindo de uma estrutura etária jovem para uma estrutura adulta e caminha para uma estrutura etária envelhecida.
  • A razão de dependência era alta entre os jovens e baixa entre os idosos, porém vai se inverte nas próximas décadas. Á partir do final da década de 2030 o número de habitantes de 65 anos e mais será maior do que o de habitantes de 0 a 15 anos.
  • Cresce o número de domicílios com 5 ou mais cômodos e se reduz o número médio de pessoas em cada moradia, ao mesmo tempo em que se reduz o tamanho das famílias e aumenta a diversidade dos arranjos familiares;
  • O Brasil tem conseguido reduzir as taxas de pobreza, desde 1994 e possibilitado um processo de mobilidade social ascendente com o crescimento das parcelas classificadas como “classe média”; Mas este processo está em perigo de ser revertido com empobrecimento geral do país;
  • A população branca passou de 54% em 1980 para 48% em 2010, deixando de ser maioria da população. No mesmo período, as pessoas que se declaram pardas (mestiças) passou de 39% para 43% e as pessoas que se declaram pretas passou de 6% para 7,6%. O Brasil caminha para uma maioria mestiça na população;
  • O Brasil tinha, em 1974/75 mais pessoas com déficit de peso do que obesas. Mas em 2008/09 já havia cerca de 50% das pessoas com excesso de peso e cerca de 15% em situação de obesidade;
  • Os católicos sempre foram maioria da população brasileira. Em 1970, havia 92% de católicos e 5% de evangélicos, sendo que estes números passaram para 74% e 16% no ano 2000. Os evangélicos já representam mais de 22% das filiações religiosas em 2010 e continuam crescendo.
Em síntese: o Brasil está:
  1. Mais urbano;
  2. Ficando mais feminino e com maior autonomia das mulheres;
  3. Mais concentrado em grandes cidades (100 mil ou +);
  4. Mais interiorano;
  5. Vivendo mais e mudanças no padrão de mortalidade;
  6. Mais envelhecido;
  7. Caminhando para o decrescimento populacional;
  8. Com menos pessoas por domicílio;
  9. Com maior diversidade dos arranjos familiares;
  10. Menos hipergâmico e mais hipogâmico;
  11. Crescimento da classe média até 2013, mas com empobrecimento desde então;
  12. Com redução do superávit ambiental e biodiversidade;
  13. Mais miscigenado;
  14. Mais gordo;
  15. Mais evangélico;
  16. Passando do bônus para o ônus demográfico;
  17. Passando de país emergente para submergente.
Em termos de desenvolvimento humano houve muitos avanços nos últimos 200 anos. Mas mesmo antes de se completar os dois séculos da independência (2022) o modelo de desenvolvimento encontra-se em crise terminal. Pode ser que o Brasil tenha chegado ao fim da linha, entrando numa fase de estagnação secular ou de retrocesso no desenvolvimento econômico e social. Ver referências abaixo:
Referências:
ALVES, JED. As transições sociais, demográficas e econômicas no Brasil, SCRIBD, 15/10/2015
ALVES, JED. O desperdício do bônus demográfico e o fim do desenvolvimento do Brasil. Campinas, “VI Programa de Capacitação: População, Cidades e Políticas Sociais”, NEPO/UNICAMP, 19/10/2015http://www.nepo.unicamp.br/eventos/2015/capacitacao2015.html

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

in EcoDebate, 28/10/2015

PEC 215, CONGRESSO DÁ A PALAVRA FINAL SOBRE DEMARCAÇÃO DE TERRAS .

Comissão aprova PEC 215, que dá ao Congresso palavra final sobre demarcação de terras

Publicado em outubro 28, 2015 

Brasília, 18/04/2013 – Indígenas fazem manifestação em frente ao Palácio do Planalto. Eles protestaram contra a PEC 215, que transfere para o Congresso poder de demarcar terras indígenas. Foto de Valter Campanato/ABr

Pelo texto, as demarcações passarão a ser feitas por lei de iniciativa do Executivo, e não mais por decreto, como acontece hoje. Na prática, essa medida dá ao Congresso Nacional a palavra final sobre o tema. Proposta segue para análise do Plenário
A Comissão Especial da Demarcação de Terras Indígenas aprovou nesta terça-feira (27), por 21 a zero, o substitutivo que o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), apresentou à proposta original (PEC 215/00). Todos os destaques que tentavam alterar o texto foram rejeitados.
Deputados de PT, PCdoB, PV, Psol e Rede se manifestaram contra a PEC e, em protesto, se retiraram da reunião antes da votação. Houve divisão de posições no PSB, apesar do encaminhamento oficial contrário à matéria. Os demais partidos com representação na comissão especial aprovaram o texto e comemoraram o resultado.
A proposta tem o apoio da bancada ruralista, que derrubou pedidos de retirada da matéria da pauta e cinco requerimentos de adiamento de votação apresentados pelos parlamentares contrários à matéria. Indígenas presentes no prédio da Câmara foram barrados no plenário 14, onde ocorreu a reunião, e fizeram manifestação nos corredores das comissões.
Nova tramitação
Pelo texto de Serraglio, a demarcação de terras indígenas passará a ser feita por lei de iniciativa do Executivo, e não mais por decreto, como acontece hoje. Na prática, essa medida dá ao Congresso Nacional a palavra final sobre novas demarcações, fato que desagrada às lideranças indígenas devido à força da bancada ruralista na Câmara e no Senado e ao receio de paralisação nas demarcações.
Para tentar conter essas críticas, o relator decidiu que os projetos de lei de demarcação terão tramitação semelhante à de medida provisória. Assim, os projetos trancarão a pauta do Plenário da Câmara ou do Senado após 60 dias, contados a partir da edição da proposta pelo Executivo.
“O que mais se censura na proposta é que a criação de reservas indígenas se tornaria praticamente irrealizável porque os projetos viriam do Executivo e, aqui no Congresso, não seriam encaminhados. Para evitar isso, obrigatoriamente nós iremos votar tão logo o Executivo encaminhe a proposta de criação da reserva”, afirmou Serraglio.
Representante indígena
Serraglio também alterou o substitutivo para criar, na Câmara dos Deputados, uma vaga permanente para indígenas, a fim de reduzir a sub-representatividade dos indígenas no Parlamento. A forma de eleição desse representante ainda seria definida por lei, posteriormente.
“Isso não impede que indígenas sejam eleitos normalmente pelas regras postas. Apenas estamos criando a obrigatoriedade. A gente tem ouvido muito, na comissão, que os indígenas, quando comparecem, se dizem não representados”, disse o deputado.
Serraglio ainda retirou do substitutivo o artigo que previa a criação de uma comissão paritária para resolver conflitos em áreas reivindicadas por comunidade indígena.
Essas mudanças foram feitas após reunião, pela manhã, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que chegou a fazer um apelo pelo adiamento da votação da PEC 215/00 sob o argumento de forte risco de acirramento do clima de violência em regiões que enfrentam conflito fundiário.
O substitutivo de Osmar Serraglio também proíbe a ampliação de terras indígenas já demarcadas, estabelece o direito de indenização dos proprietários de terras e fixa o dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição, como marco temporal para definir o que são as terras permanentemente ocupadas por indígenas e quilombolas.
Protestos
Parlamentares contrários à PEC lembraram que o País já registra vários trechos de rodovias bloqueados perto de reservas indígenas. Um forte repúdio à proposta também é registrado nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que acontecem em Palmas (TO).
A coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, prometeu reação capaz de afetar o agronegócio economicamente. “O que eles querem é isso: torturar e matar devagar. Nós estamos, agora, com a estratégia de parar o País. E vamos fazer isso. Nós vamos continuar mobilizados e continuar protestando, bloqueando pontos estratégicos desse país”, afirmou.
Debate longo
A proposta tramita há 15 anos na Câmara. A aprovação definitiva da polêmica PEC 215/00 ainda depende de dois turnos de votação nos plenários da Câmara e do Senado, com quórum qualificado, ou seja, com os votos de, pelo menos, 308 deputados e 49 senadores.
“Este debate já se arrasta na Casa há muitos anos. Não se conseguiu chegar a um consenso que agradasse às duas partes, mas, de fato, chegamos ao ponto de o relator concluir seu parecer”, disse o presidente da comissão especial da PEC, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT).
Se a proposta vencer todas as etapas de tramitação, os parlamentares contrários já anunciaram que vão questionar sua constitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), com os argumentos de que a PEC fere a separação dos poderes da União e os direitos individuais dos povos tradicionais.
“A gente não pode deixar que esta matéria – que é, sim, a PEC da morte dos povos indígenas – seja aprovada pela Câmara dos Deputados”, disse o deputado Glauber Braga (Psol-RJ).
Informações da Agência Câmara de Notícias, in EcoDebate, 28/10/2015

ENEM 2015 / QUESTÕES E GABARITOS DE GEOGRAFIA.

QUESTÃO 01
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente/IBGE. Biomas. 2004 (adaptado).

No mapa estão representados os biomas brasileiros que, em função de suas características físicas e do modo de ocupação do território, apresentam problemas ambientais distintos. Nesse sentido, o problema ambiental destacado no mapa indica
A Desertificação das áreas afetadas.
B poluição dos rios temporários.
C queimadas dos remanescentes vegetais.
D desmatamento das matas ciliares.
E contaminação das águas subterrâneas.

QUESTÃO 02
Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico quanto uma certa liberação dos ritmos cíclicos
da natureza, com a passagem das estações e as alternâncias de dia e noite. Com a iluminação noturna, a escuridão vai cedendo lugar à claridade, e a percepção temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. Se a luz invade a noite, perde sentido a separação
tradicional entre trabalho e descanso — todas as partes do dia podem ser aproveitadas produtivamente.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza:Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 (adaptado).
Em relação ao mundo do trabalho, a transformação apontada no texto teve como consequência a
A melhoria da qualidade da produção industrial.
B redução da oferta de emprego nas zonas rurais.
C permissão ao trabalhador para controlar seus próprios horários.
D diminuição das exigências de esforço no trabalho com máquinas.
E ampliação do período disponível para a jornada de trabalho.

QUESTÃO 04



AMARILDO. Disponível em: www.amarildo.com.br. Acesso em: 3 mar. 2013.
Na charge há uma crítica ao processo produtivo agrícola brasileiro relacionada ao
A elevado preço das mercadorias no comércio.
B aumento da demanda por produtos naturais.
C crescimento da produção de alimentos.
D hábito de adquirir derivados industriais.
E uso de agrotóxicos nas plantações.

QUESTÃO 07
O principal articulador do atual modelo econômico chinês argumenta que o mercado é só um instrumento econômico, que se emprega de forma indistinta tanto no capitalismo como no socialismo. Porém os próprios chineses já estão sentindo, na sua sociedade, o seu real significado: o mercado não é algo neutro, ou um instrumental técnico que possibilita à sociedade utilizá-lo para a construção e edificação do socialismo. Ele é, ao contrário do que diz o articulador, um instrumento do capitalismo e é inerente à sua estrutura como modo de produção. A sua utilização está levando a uma polarização da sociedade chinesa.
OLIVEIRA, A. A Revolução Chinesa. Caros Amigos, 31 jan. 2011 (adaptado).
No texto, as reformas econômicas ocorridas na China são colocadas como antagônicas à construção de um país socialista. Nesse contexto, a característica fundamental
do socialismo, à qual o modelo econômico chinês atual se contrapõe é a
A desestatização da economia.
B instauração de um partido único.
C manutenção da livre concorrência.
D formação de sindicatos trabalhistas.
E extinção gradual das classes sociais.


QUESTÃO 08
Até o fim de 2007, quase 2 milhões de pessoas perderam suas casas e outros 4 milhões corriam o risco de ser despejadas. Os valores das casas despencaram em quase todos os EUA e muitas famílias acabaram devendo mais por suas casas do que o próprio valor do imóvel. Isso desencadeou uma espiral de execuções hipotecárias que diminuiu ainda mais os valores das casas. Em Cleveland, foi como se um "Katrina financeiro " atingisse a cidade. Casas abandonadas, com tábuas em janelas e portas, dominaram a paisagem nos bairros pobres, principalmente negros. Na Califórnia, também se enfileiraram casas abandonadas
HARVEY, D. O enigma do capital. São Paulo: Boitempo, 2011.
Inicialmente restrita, a crise descrita no texto atingiu proporções globais, devido ao(à)
A superprodução de bens de consumo.
B colapso industrial de países asiáticos.
C interdependência do sistema econômico.
D isolamento político dos países desenvolvidos.
E Austeridade fiscal dos países em desenvolvimento.

QUESTÃO 12
O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve momentos de maior intensidade e, ao que tudo indica, atualmente passa por uma desaceleração no ritmo de crescimento populacional nos grandes centros urbanos.
BAENINGER, R. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento populacional e novos arranjos regionais. Disponível em: www.sbsociologia.com.br. Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).
Uma causa para o processo socioespacial mencionado no texto é o(a)
A carência de matérias-primas.
B degradação da rede rodoviária.
C aumento do crescimento vegetativo.
D centralização do poder político.
E realocação da atividade industrial.


QUESTÃO 15
O Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia ensina indígenas, quilombolas e outros grupos tradicionais a empregar o GPS e técnicas modernas de georreferenciamento para produzir mapas artesanais, mas bastante precisos, de suas próprias terras.
Folha de S. Paulo, 7 maio 2011 (adaptado).

A existência de um projeto como o apresentado no texto indica a importância da cartografia como elemento promotor da
A expansão da fronteira agrícola.
B remoção de populações nativas.
C superação da condição de pobreza.
D valorização de identidades coletivas.
E implantação de modernos projetos agroindustriais.

QUESTÃO 19

ZIRALDO. 20 anos de prontidão. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da
caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001.
No período de 1964 a 1985, a estratégia do Regime Militar abordada na charge foi caracterizada pela
A priorização da segurança nacional.
B captação de financiamentos estrangeiros.
C execução de cortes nos gastos públicos.
D nacionalização de empresas multinacionais.
E promoção de políticas de distribuição de renda.

QUESTÃO 21
Atualmente, as represálias econômicas contra as empresas de informática norte-americanas continuam. A Alemanha proibiu um aplicativo dos Estados Unidos de compartilhamento de carros; na China, o governo explicou que os equipamentos e serviços de informática norte-americanos representam uma ameaça, pedindo que as empresas estatais não recorram a eles.
SCHILLER, D. Disponível em: www.diplomatique.org.br. Acesso em: 11 nov. 2014 (adaptado).
As ações tomadas pelos países contra a espionagem revelam preocupação com o(a)
A subsídio industrial.
B hegemonia cultural.
C protecionismo dos mercados.
D desemprego tecnológico.
E segurança dos dados.

QUESTÃO 22
TEXTO I
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.

TEXTO II
Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional.
SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902.
Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem uso de representações que se perpetuariam na memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da
A manipulação e incompetência.
B ignorância e solidariedade.
C hesitação e obstinação.
D esperança e valentia.
E bravura e loucura.

QUESTÃO 25
Não nos resta a menor dúvida de que a principal contribuição dos diferentes tipos de movimentos sociais brasileiros nos últimos vinte anos foi no plano da reconstrução do processo de democratização do país. E não se trata apenas da reconstrução do regime político,da retomada da democracia e do fim do Regime Militar.
Trata-se da reconstrução ou construção de novos rumos para a cultura do país, do preenchimento de vazios na condução da luta pela redemocratização, constituindo-se como agentes interlocutores que dialogam diretamente com a população e com o Estado.
GOHN, M. G. M. Os sem-terras, ONGs e cidadania. São Paulo: Cortez, 2003 (adaptado).
No processo da redemocratização brasileira, os novos movimentos sociais contribuíram para
A diminuir a legitimidade dos novos partidos políticos então criados.
B tornar a democracia um valor social que ultrapassa os momentos eleitorais.
C difundir a democracia representativa como objetivo fundamental da luta política.
D ampliar as disputas pela hegemonia das entidades de trabalhadores com os sindicatos.
E fragmentar as lutas políticas dos diversos atores sociais frente ao Estado.


QUESTÃO 27
Figura 1. Diagrama das regiões de intemperismo para
as condições brasileiras (adaptado de Peltier, 1950).
FONTES, M. P. F. Intemperismo de rochas e minerais. In: KER, J. C. et al. (Org.). Pedologia: fundamentos. Viçosa (MG): SBCS, 2012 (adaptado).
De acordo com as figuras, a intensidade de intemperismo de grau muito fraco é característica de qual tipo climáticos?
A Tropical.
B Litorâneo.
C Equatorial.
D Semiárido.
E Subtropical. 

QUESTÃO 28
O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).
Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha função
A agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade.
B permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados.
C constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade.
D reunir os exércitos para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra.
E congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias.


QUESTÃO 29
No final do século XX e em razão dos avanços da ciência, produziu-se um sistema presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema uma presença planetária. Um mercado que utiliza esse sistema de técnicas avançadas resulta nessa globalização perversa.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2008 (adaptado).
Uma consequência para o setor produtivo e outra para o mundo do trabalho advindas das transformações citadas no texto estão presentes, respectivamente, em:
A Eliminação das vantagens locacionais e ampliação da legislação laboral.
B Limitação dos fluxos logísticos e fortalecimento de associações sindicais.
C Diminuição dos investimentos industriais e desvalorização dos postos qualificados.
D Concentração das áreas manufatureiras e redução da jornada semanal.
E Automatização dos processos fabris e aumento dos níveis de desemprego.

QUESTÃO 30
Os movimentos de massa constituem-se no deslocamento de material (solo e rocha) vertente
abaixo pela influência da gravidade. As condições que favorecem os movimentos de massa dependem principalmente da estrutura geológica, da declividade da vertente, do regime de chuvas, da perda de vegetação e da atividade antrópica.
BIGARELLA, J. J. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Florianópolis: UFSC, 2003 (adaptado).
Em relação ao processo descrito, sua ocorrência é minimizada em locais onde há
A exposição do solo.
B drenagem eficiente.
C rocha matriz resistente.
D agricultura mecanizada.
E média pluviométrica elevada.

QUESTÃO 31 

SUERTEGARAY, D. M. A. (Org.).Terra: feições ilustradas.
Porto Alegre: EdUFRGS, 2003 (adaptado).

A imagem representa o resultado da erosão que ocorre em rochas nos leitos dos rios, que decorre do processo natural de
A fraturamento geológico, derivado da força dos agentes internos.
B solapamento de camadas de argilas, transportadas pela correnteza.
C movimento circular de seixos e areias, arrastados por águas turbilhonares.
D decomposição das camadas sedimentares, resultante da alteração química.
E assoreamento no fundo do rio, proporcionado pela chegada de material sedimentar.

QUESTÃO 32
Algumas regiões do Brasil passam por uma crise de água por causa da seca. Mas, uma região de Minas Gerais está enfrentando a falta de água no campo tanto em tempo de chuva como na seca. As veredas estão secando no norte e no noroeste mineiro. Ano após ano, elas vêm perdendo a capacidade de ser a caixa-d’água do grande sertão de Minas.
VIEIRA, C. Degradação do solo causa perda de fontes de água de famílias de MG.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 1 nov. 2014.
As veredas têm um papel fundamental no equilíbrio hidrológico dos cursos de água no ambiente do Cerrado, pois
A colaboram para a formação de vegetação xerófila.
B formam os leques aluviais nas planícies das bacias.
C fornecem sumidouro para as águas de recarga da bacia.
D contribuem para o aprofundamento dos talvegues à jusante.
E constituem um sistema represador da água na chapada.

QUESTÃO 33
Tanto potencial poderia ter ficado pelo caminho,se não fosse o reforço em tecnologia que um gaúcho buscou. Há pouco mais de oito anos, ele usava o bico da botina para cavoucar a terra e descobrir o nível de umidade do solo, na tentativa de saber o momento ideal para acionar os pivôs de irrigação. Até que conheceu uma estação meteorológica que, instalada na propriedade, ajuda a determinar a quantidade de água de que a planta necessita. Assim, quando inicia um plantio, o agricultor já entra no site do sistema e cadastra a área, o pivô, a cultura, o sistema de plantio, o espaçamento entre linhas e o número de plantas, para então receber recomendações diretamente dos técnicos da universidade.
CAETANO, M. O valor de cada gota. Globo Rural, n. 312, out. 2011.
A implementação das tecnologias mencionadas no texto garante o avanço do processo de
A monitoramento da produção.
B valorização do preço da terra.
C correção dos fatores climáticos.
D divisão de tarefas na propriedade.
E estabilização da fertilidade do solo.

QUESTÃO 38
Um carro esportivo é financiado pelo Japão, projetado na Itália e montado em Indiana, México e França, usando os mais avançados componentes eletrônicos, que foram inventados em Nova Jérsei e fabricados na Coreia. A campanha publicitária é desenvolvida na Inglaterra, filmada no Canadá,a edição e as cópias, feitas em Nova York para serem veiculadas no mundo todo. Teias globais disfarçam-se com o uniforme nacional que lhes for mais conveniente.
REICH, R. O trabalho das nações: preparando-nos para o capitalismo no século XXI.
São Paulo: Educator, 1994 (adaptado).
A viabilidade do processo de produção ilustrado pelo texto pressupõe o uso de
A linhas de montagem e formação de estoques.
B empresas burocráticas e mão de obra barata.
C controle estatal e infraestrutura consolidada.
D organização em rede e tecnologia de informação.
E gestão centralizada e protecionismo econômico.

QUESTÃO 39
Na sociedade contemporânea, onde as relações sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas, a imagem de um indivíduo, principalmente na indústria do espetáculo, pode agregar valor econômico na medida de seu incremento técnico: amplitude do espelhamento e da atenção pública. Aparecer é então mais do que ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que acena democraticamente para as massas com supostos "ganhos distributivos"( a informação ilimitada, a quebra das supostas hierarquias culturais), afeta a velha cultura disseminada na esfera pública. A participação nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e ser falado quanto ser visto são índices do desejo de "espelhamento".
SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado).
A crítica contida no texto sobre a sociedade contemporânea enfatiza
A a prática identitária autorreferente.
B a dinâmica política democratizante.
C a produção instantânea de notícias.
D os processos difusores de informações.
E os mecanismos de convergência tecnológica.

QUESTÃO 44
A Unesco condenou a destruição da antiga capital assíria de Nimrod, no Iraque, pelo Estado Islâmico, com a agência da ONU considerando o ato como um crime
de guerra. O grupo iniciou um processo de demolição em vários sítios arqueológicos em uma área reconhecida como um dos berços da civilização.
Unesco e especialistas condenam destruição de cidade assíria pelo Estado Islâmico.
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 30 mar. 2015 (adaptado).
O tipo de atentado descrito no texto tem como consequência para as populações de países como o Iraque a desestruturação do(a)
A homogeneidade cultural.
B patrimônio histórico.
C controle ocidental.
D unidade étnica.
E religião oficial

QUESTÃO 45
A questão ambiental, uma das principais pautas contemporâneas, possibilitou o surgimento de concepções políticas diversas, dentre as quais se destaca a preservação ambiental, que sugere uma ideia de intocabilidade da natureza e impede o seu aproveitamento econômico sob qualquer justificativa.
PORTO-GONÇALVES, C. W. A globalização da natureza e a natureza da
globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
Considerando as atuais concepções políticas sobre a questão ambiental, a dinâmica caracterizada no texto quanto à proteção do meio ambiente está baseada na
A prática econômica sustentável.
B contenção de impactos ambientais.
C utilização progressiva dos recursos naturais.
D proibição permanente da exploração da natureza.
E definição de áreas prioritárias para a exploração econômica.

Gabarito:
01- A
02- E
04- E
07- E
08- C
12- E
15- D
19- B
21- E
22- E
25- B
27- D
28- C
29- E
30- B
31- C
32- E
33- A
38- D
39- A
44- B
45- D

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

VEREDA

Vereda
Autor(es):  José Felipe Ribeiro ; Bruno Machado Teles Walte

VEGETAÇÃO SAVÂNICA
Vista geral do tipo de vegetação savênica Vereda .


Foto: José Felipe Ribeiro

Introdução

A Vereda é um tipo de vegetação com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa (buriti) emergente, em meio a agrupamentos mais ou menos densos de espécies arbustivo-herbáceas. As Veredas são circundadas por campos típicos, geralmente úmidos, e os buritis não formam dossel (cobertura contínua formada pela copa das árvores) como ocorre no Buritizal. A literatura indica três zonas ligadas à topografia e à drenagem do solo: ‘borda’ (local de solo mais seco, em trecho campestre onde podem ocorrer arvoretas isoladas); ‘meio’ (solo medianamente úmido, tipicamente campestre); e ‘fundo’ (solo saturado com água, brejoso, onde ocorrem os buritis, muitos arbustos e arvoretas adensadas). Estas zonas têm flora diferenciada. As duas primeiras zonas correspondem à faixa tipicamente campestre e o ‘fundo’ corresponde ao bosque sempre-verde, caracterizado assim pela literatura. Em conjunto essas zonas definem uma savana.

Principais Características

Na Vereda os buritis adultos possuem altura média de 12 a 15 metros e a cobertura varia de 5% a 10%. Assim como no ‘Parque de Cerrado’, esta cobertura refere-se a um trecho com as três zonas da Vereda. Se consideradas somente a ‘borda’ e o ‘meio’, a cobertura arbórea pode ser próxima de 0%. Se considerado o ‘fundo’, a cobertura sobe para porcentagens acima de 50% em alguns trechos, com uma vegetação densa de arbustos e arvoretas, efetivamente impenetrável em muitos locais.

As Veredas ocorrem em solos argilosos e mal drenados, com alto índice de saturação durante a maior parte do ano. Geralmente ocupam os vales pouco íngremes ou áreas planas, acompanhando linhas de drenagem mal definidas, quase sempre sem murundus (microrrelevo, em forma de montículo, típico de algumas formações vegetais do Cerrado). Também são comuns numa posição intermediária do terreno, próximas às nascentes (olhos d’água), ou nas bordas das cabeceiras de Matas de Galeria.

A ocorrência da Vereda condiciona-se ao afloramento do reservatório subterrâneo de água (lençol freático), decorrente de camadas de permeabilidade diferentes em áreas de deposição de sedimentos do período Cretáceo (período geológico que se estendeu entre 141 milhões e 65 milhões de anos antes do período presente) e Triássico (período que está compreendido entre 251 milhões e 199 milhões e 600 mil anos atrás, aproximadamente). As veredas exercem papel fundamental na distribuição dos rios e seus afluentes, na manutenção da fauna do Cerrado, funcionando como local de pouso para a fauna de aves, atuando como refúgio, abrigo, fonte de alimento e local de reprodução para a fauna terrestre e aquática. Apesar desta importância, as Veredas têm sido progressivamente pressionadas em várias localidades do bioma Cerrado, devido às ações agrícolas e pastoris. Além disso, têm sido descaracterizadas pela construção de pequenas barragens e açudes, por estradas, pela agricultura, pela pecuária e até mesmo por queimadas excessivas. O simples pisoteio do gado pode causar processos erosivos e compactação do solo, que afetam a taxa de infiltração de água que vai alimentar os reservatórios subterrâneos.

Espécies mais freqüentes

Quanto a flora, as famílias encontradas com muita freqüência nas áreas campestres da Vereda são Poaceae (Gramineae), destacando-se os gêneros Andropogon, Axonopus, Aristida, Panicum, Paspalum, Schizachyrium e Trachypogon; Asteraceae (Baccharis, Eupatorium e Vernonia – sensu lato); Cyperaceae (Bulbostylis, Cyperus e Rhynchospora); Melastomataceae (Miconia, Microlicia e Tibouchina); Fabaceae (Desmodium e Stylosanthes); e Eriocaulaceae (Eriocaulon, Paepalanthus e Syngonanthus). Além desses táxons também são ricos os gêneros Chamaecrista, Echinodorus, Habenaria, Hyptis, Ludwigia, Lycopodiella, Mimosa, Polygala, Utricularia e Xyris.

O ambiente propício para o estabelecimento dos buritis é o fundo da Vereda. Nesta zona, são mais freqüentes as seguintes espécies: Calophyllum brasiliense (landim), Cecropia pachystachya (embaúba), Euplassa inaequalis (fruta-de-morcego), Guarea macrophylla (marinheiro), Hedyosmum brasiliense (chá-de-soldado), Ilex affinis (congonha), Leandra spp., Miconia theaezans (quaresma) e Myrsine spp. Em estádios mais avançados de formação de Mata, podem ser encontradas árvores como Richeria grandis (jaca-brava), Symplocos nitens (congonha), Talauma ovata (pinha-do-brejo), Unonopsis lindmanii (embira-preta) e Virola sebifera (virola), dentre outras espécies que caracterizam a Mata de Galeria Inundável.

Ilustração




Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de uma Vereda representando uma faixa de 40 m de comprimento por 10 m de largura.
Ilustração: Wellington Cavalcanti

Informações Complementares:

 Adicionar à Pasta Veredas do Triângulo Mineiro : solos, água e uso Sendo as veredas importantes reguladores do equilíbrio dos cursos d água da região dos cerrados, objetivou-se caracterizar e comparar solo, água e tipo de uso destes ambientes nas superfícies geomórficas Chapadas e Arenito Bauru. Foram coletadas amostras dos solos e da água, das veredas. O uso foi analisado por observações de campo e entrevistas com proprietários rurais. As veredas apre Mais Detalhes
Fonte : EMBRAPA.

domingo, 25 de outubro de 2015

ENEM : É BOM CHUTAR A RESPOSTA ?

23/10/2015 00h05 - Atualizado em 23/10/2015 00h05

No Enem, é bom 'chutar' a resposta? Veja método criado por especialistas

Pesquisadores da Meritt desenvolveram estratégia para fazer as provas.
Conheça os seis passos para garantir mais acertos e mais pontos no Enem.

Ana Carolina MorenoDo G1, em São Paulo
Conhecido como uma "maratona acadêmica", o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece neste fim de semana, tem um total de dez horas de duração e cinco provas. São quatro horas e meia no sábado (24) e cinco horas e meia de prova no domingo (25). Apesar do tempo parecer extenso, as quatro provas objetivas somam 180 questões. Isso daria uma média de 3,3 minutos para resolver cada questão, mas na verdade o tempo é menor, porque há ainda a prova de redação e o preenchimento do cartão de respostas.
Pensando no desafio de otimizar a resposta das provas objetivas, a Meritt, uma startup dedicada ao desenvolvimento de tecnologias em dados educacionais, bolou um método para auxiliar os candidatos e candidatas a usarem melhor o tempo do Enem.
Segundo Alexandre de Oliveira, diretor pedagógico da startup, primeira dica é: "chutar" a resposta pode ser uma boa ideia, desde que seja coerente. "O chute é melhor que deixar em branco. Porém, o chute tem que ser de forma a reduzir o dano." Ele diz também que é fundamental ter uma estratégia para as provas objetivas. "Além do tempo limitado, há a TRI [Teoria de Resposta ao Item], que irá avaliar o conjunto de acertos", explicou o pesquisador aoG1.
Teoria de Resposta ao Item
A TRI é a metodologia usada pelo Enem e é considerada por especialistas como a maneira mais adequada de avaliar um grande número de estudantes, pois dá menos margens a empates.
Pela TRI, o acerto de uma questão não rende ao candidato uma pontuação fixa. Seus pontos vão depender de outros fatores, entre eles o nível de dificuldade da questão, o número de acertos desse mesmo candidato nas outras questões da prova, e o desempenho dos demais candidatos naquela prova.
Teoria de Resposta ao Ítem aponta quando aluno acerta questão por acaso (Foto: Reprodução/TV Globo)Teoria de Resposta ao Item aponta quando aluno
chuta e acerta questão (Foto: Reprodução/TV Globo)
É por isso que, nas provas objetivas do Enem, nenhum candidato consegue tirar nem a nota 1.000, nem a nota zero. Clique aqui para entender mais.
Dividir o tempo em seis partes
O método desenvolvido pelos pesquisadores da Meritt tem como base justamente as notas dos estudantes nas quatros provas objetivas do Enem. Segundo Oliveira, a nota é atribuída de acordo com a "coerência pedagógica", e o cruzamento de dados mostra, por exemplo, que na prova de ciências da natureza do Enem 2013, a nota dos candidatos que acertaram 16 das 45 questões variou entre 356.3 e 638.3.
Para garantir que você acerte o máximo das perguntas cuja resposta você sabe, e que sobre tempo para aumentar as chances de acerto nas perguntas que você entende mais ou menos, e enfim reste poucas questões para chutar, a estratégia envolve seis passos. Não exite um tempo fixo em cada um deles, mas os pesquisadores lembram que, em geral, são necessários cerca de 20 minutos para preencher o cartão de respostas,
Veja os detalhes sobre cada um deles:
Método para usar bem o tempo do Enem nas provas objetivas (passo 1) (Foto: G1)
1) QUESTÕES FÁCEIS
O primeiro a fazer no Enem, segundo a Metitt, é ler e responder toda a prova, dividindo as questões em três categorias: fáceis, médias e difíceis. Nas questões fáceis, em que você tem certeza da resposta, marque a alternativa correta e indique que está seguro.
As questões médias são aquelas em que você está em dúvida sobre duas ou três alternativas: neste caso, indique as alternativas que possam estar corretas e deixe um sinal ao lado da questão, indicando que ela é média.
Já as questões difíceis são aquelas em que você não tem ideia de qual alternativa é a correta. Neste caso, marque-a indicando que é difícil
 
Método para usar bem o tempo do Enem nas provas objetivas (passo 2) (Foto: G1)
2) QUESTÕES MÉDIAS
No segundo passo, volte ao início da prova e leia com cuidado as questões marcadas como de dificuldade média. Segundo os pesquisadores, esta é a hora de "usar a memória", aproveitando o que você leu nas outras questões, para tentar lembrar dos conteúdos e aumentar sua chance de acertar essas perguntas. Se conseguir achar a resposta correta, marque-a. Se não, deixe o item para a próxima leitura.
Ao passar pela segunda vez nos itens marcados como difíceis, uma nova leitura pode fazer com que você elimine uma ou duas alternativas. Assim, você transforma uma questão difícil em uma questão média, e reduz o risco de errar um possível chute.
Método para usar bem o tempo do Enem nas provas objetivas (passo 3) (Foto: G1)
3) INTERVALO DE CINCO MINUTOS
Segundo os pesquisadores, essa é a hora de fazer um intervalo de cinco minutos. Depois de toda a leitura, relaxe, se espreguice, respire.
"Também é a hora de comer um chocolate
(está provado que glicose ajuda o raciocínio), comer uma barra de cereais, ir ao banheiro etc.", de acordo com a estratégia desenhada pela startup. Antes de passar para o próximo passo, cheque o horário e calcule o tempo para a reta final da prova.
Método para usar bem o tempo do Enem nas provas objetivas (passo 4) (Foto: G1)
4) QUESTÕES QUE FALTAM
A recomendação é fazer uma terceira leitura das questões médias e difíceis que ainda não foram respondidas (com maior tempo dedicado às questões em que você já eliminou algumas alternativas). Essa é a última chance de tentar chegar a uma resposta sem precisar chutar.
Método para usar bem o tempo do Enem nas provas objetivas (passo 5) (Foto: G1)
5) CARTÃO DE RESPOSTA
Quando só as questões difíceis ainda estiverem sem resposta, tire mais um intervalo para relaxar durante cinco minutos e, então, aproveite parte do tempo restante para preencher o gabarito. Os pesquisadores lembram que esse passo leva mais ou menos 20 minutos e deve ser feito com cuidado e concentração, para evitar erros.
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Método para usar bem o tempo do Enem nas provas objetivas (passo 6) (Foto: G1)
6) HORA DO CHUTE
Depois de garantir que as questões que você respondeu com segurança já estão corretamente no carta de resposta, use o tempo restante para escolher uma alternativa nas questões que faltam. "Caso seja um item médio, uma das duas ou três opções que você considera possíveis de serem a resposta, terá de ser marcada e a resposta transcrita para o gabarito. Caso seja um item difícil, escolha qualquer uma das opções e marque-a, transcrevendo a resposta para o Questõegabarito", diz a Meritt.
Por fim, verifique se você preencheu todos os outros campos obrigatórios no seu cartão de resposta.
Fonte : G1