segunda-feira, 31 de outubro de 2016

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E A PERDA DE BIODIVERSIDADE.

Relatório Planeta Vivo 2016: Produção De Alimentos Acelera Perda De Biodiversidade Em Escala Global


Relatório Planeta Vivo 2016

As atividades não sustentáveis de agricultura, principalmente a produção de soja e a carne, assim como a queima da vegetação para a produção de carvão, permanecem como uma grande ameaça à biodiversidade do Cerrado, bioma brasileiro localizado entre a Amazônia, a Mata Atlântica e o Pantanal. O uso inadequado do solo coloca o Cerrado entre as regiões mais ameaçadas e sobre explotação do mundo.
A constatação está no Relatório Planeta Vivo 2016, divulgado internacionalmente hoje pelo WWF, que traça um panorama mundial, mas destaca o Cerrado como um epicentro da perda acelerada de biodiversidade no mundo.
Desde o final da década de 1950, cerca da metade das savanas e das florestas naturais do Cerrado foi convertida para a agricultura. Como esses ecossistemas foram extintos, desapareceu a vida silvestre que eles sustentavam e os serviços ambientais essenciais por eles providos, como água limpa, sequestro de carbono e solos saudáveis.
As espécies ameaçadas de extinção incluem a onça, o lobo-guará e o tamanduá-bandeira, além de muitas outras plantas e animais que só existem no Cerrado. Não são apenas os ecossistemas e as espécies frágeis que sentem o estresse.
A destruição de habitat ameaça, também, a forma de vida de muitas populações indígenas e outras comunidades que dependem das florestas, das pastagens naturais e das savanas para seu meio de vida.
Colcha de retalhos
Na colcha de retalhos planetária, o caso do Cerrado é mais um agravante ao acelerado declínio de espécies que pode levar a um colapso dos ecossistemas ao redor do mundo.
Em escala global, a produção de alimentos para atender às exigências de uma população crescente segue como o principal fator para a destruição de habitat e o desaparecimento de populações inteiras de animais selvagens.
Se não mudarmos a forma como produzimos alimentos e buscamos na natureza os recursos para sustentar nosso modo de vida no planeta, a vida selvagem global pode sofrer 67% de declínio, em intervalo de apenas 50 anos, como resultado destas e outras atividades humanas, alerta o relatório.
O documento do WWF é elaborado a partir do Índice Planeta Vivo (IPV), fornecido pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL). 
Do WWF Brasil, in EcoDebate, 31/10/2016

BRASIL É ELEITO PARA O CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU.

Brasil é eleito para o Conselho de Direitos Humanos da ONU


País foi eleito ao lado de Arábia Saudita, Egito, Iraque, China e outros nove países. Mandato brasileiro começa no dia 1º de janeiro de 2017 e tem duração de três anos.
Foto: ONU/Pierre Albouy
Foto: ONU/Pierre Albouy
Os países-membros da ONU elegeram nesta sexta-feira (28), durante votação na Assembleia Geral, os novos integrantes do Conselho de Direitos Humanos, cuja sede é em Genebra.
Foram 18 países candidatos para 14 vagas, representando várias regiões do mundo. Eram duas cadeiras para candidatos da América Latina e do Caribe e os escolhidos foram Brasil e Cuba, país reeleito. Guatemala era o terceiro concorrente. No total, o Conselho é composto por 47 membros.
O mandato começa no dia 1º de janeiro de 2017 e tem duração de três anos. Para o bloco da África, foram escolhidos Egito, Ruanda, África do Sul e Tunísia. Representando a Europa do Leste, Croácia e Hungria.
Já Reino Unido e Estados Unidos ficaram com as duas vagas para Europa Ocidental e Outros Países. Para Ásia-Pacífico, os novos membros do Conselho serão China, Iraque, Japão e Arábia Saudita.
O Conselho de Direitos Humanos é formado por 47 países-membros, eleitos de forma individual e secreta pela Assembleia Geral. Fica com a vaga quem tem a maioria dos votos.
Neste ano, o Conselho de Direitos Humanos comemora uma década desde que foi criado, com o objetivo de reforçar a promoção e a proteção dos direitos humanos pelo mundo, debater violações e fazer recomendações aos países.
Acompanhe notícias de direitos humanos e o funcionamento da estrutura da ONU em www.dudh.org.br.
(com informações da Rádio ONU em Nova York)

sábado, 29 de outubro de 2016

A HUMANIDADE ULTRAPASSOU A CAPACIDADE DE CARGA DO PLANETA.

A Humanidade Ultrapassou A Capacidade De Carga Do Planeta, Artigo De José Eustáquio Diniz Alves


“Não é o que olhamos que importa, é o que vemos”
Henry Thoreau (1817-1862)

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[EcoDebate] A principal característica do século XX foi a exploração desenfreada da natureza. A população mundial passou de 1,65 bilhão de habitantes em 1900, para 6 bilhões em 2000, um aumento de quase 4 vezes. Mas o crescimento da economia ocorreu em ritmo bem mais elevado. A emissão de gases de efeito estufa atingiu níveis alarmantes e a concentração de CO2 na atmosfera é a maior em milhões de anos. O consumo per capita de energia aumentou quase 4 vezes, como mostram os gráficos acima (Heinberg, 2016).
Mas o mais grave é que a destruição da natureza continua em ritmo assustador no século XXI. A promessa do desenvolvimento sustentável e da economia verde tem se mostrado uma ilusão. A desmaterialização e a descarbonização da economia – promessa da 4ª Revolução Industrial, baseada na Internet, celulares, impressoras 3D, etc. – não aconteceu na prática.
A extração global de recursos naturais foi elevada entre 1970 e 2010, sendo que o ritmo se acelerou nos anos 2000. Como mostra o “Paradoxo de Jevons”, a maior eficiência energética e a menor intensidade de uso de materiais não elimina o fato da demanda agregada aumentar o uso global dos recursos naturais.
O relatório “Global Material Flows And Resource Productivity” (UNEP, julho de 2016) mostra que a extração de recursos naturais globais aumentou três vezes nos últimos 40 anos. A quantidade de matérias-primas extraídas do seio da natureza subiu de 22 bilhões de toneladas em 1970 para 70 bilhões de toneladas em 2010. O aumento do uso de materiais globais acelerou rapidamente nos anos 2000, com o crescimento das economias emergentes, em especial com o crescimento da China. O crescimento na extração de recursos naturais passou de 7 toneladas per capita em 1970 para 10 toneladas per capita em 2010.
Se a extração de recursos continuar, em 2050, haverá uma população de 9 bilhões de habitantes e uma demanda de 180 bilhões de toneladas de material a cada ano para atender às demandas antrópicas. Esta é a quantidade quase três vezes a situação atual e provavelmente vai aumentar a acidificação dos terrenos e das águas, a eutrofização dos solos do mundo e dos corpos de água, além de aumentar a erosão e aumentar a poluição e as quantidades de resíduos.
O mais grave é que, desde 1990, tem havido pouca melhoria na eficiência no uso dos materiais globais. Na verdade, a eficiência começou a declinar por volta do ano 2000. Ou seja, em vez de haver “desacoplamento” (decoupling), a economia internacional está utilizando cada vez mais recursos da natureza per capita e por unidade do PIB. O modelo marrom continua. As emissões de carbono e de metano continuam em ritmo perigoso.

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Relatório do Banco Mundial, divulgado em maio de 2016, prevê que 1,3 bilhão de pessoas serão afetadas pelas inundações nas próximas décadas e o prejuízo material pode chegar a US$ 158 trilhões. Artigo de Samantha Page (maio 2016) mostra que nos últimos 30 anos houve um aumento de 10 vezes no custo global de desastres. E tudo está ficando pior, pois a humanidade já ultrapassou a capacidade de carga da Terra.
Nos últimos 45 anos a Pegada Ecológica mundial ultrapassou a biocapacidade do Planeta. Desde o início dos anos 1970, o déficit ambiental vem subindo constantemente. Em 2012, o mundo tinha uma população 7,1 bilhões de pessoas, com uma pegada ecológica per capita de 2,84 hectares globais (gha) e uma biocapacidade per capita de 1,73 gha, como mostra o gráfico abaixo.
O mundo tinha em 2012 uma biocapacidade total de 12,2 bilhões de hectares globais, mas tinha uma pegada ecológica de 20,1 bilhões de hectares globais. Portanto, a pegada ecológica ultrapassava a biocapacidade em 64%. Ou dito de outra maneira, o mundo estava consumindo o equivalente a 1,64 planeta. Portanto, a população mundial vive no vermelho e provoca um déficit ambiental que cresce a cada ano.
O planeta Terra é único. No longo prazo, não dá para usar mais de um planeta, sem destruir toda a herança acumulada pela natureza durante milhões de anos. Portanto, é preciso decrescer do uso de 1,64 planeta para 1,0 planeta. Existem três alternativas: 1) diminuir o padrão de consumo dos habitantes do globo (principalmente o consumo conspícuo e os tipos de consumo mais poluidores e degradadores do meio ambiente); 2) diminuir o volume da população mundial; e 3) diminuir o consumo e a população ao mesmo tempo. O mundo precisa reverter o aumento do fluxo metabólico entrópico, pois é inviável querer continuar crescendo acima da capacidade de carga e acima da biocapacidade do Planeta.

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Sem dúvida, para evitar o colapso ambiental é preciso reduzir a pegada ecológica e para evitar as injustiças sociais é preciso reduzir os níveis de desigualdade. A solução não pode ser o crescimento econômico ilimitado com crescente extração de recursos do meio ambiente. Ao contrário, será necessário não só o decrescimento da população mundial, mas também o decrescimento do padrão de consumo médio das pessoas, com equidade social.
Estudo publicado em setembro de 2016 no periódico científico “Current Biology” mostra que nos últimos 20 anos, o mundo perdeu 3,3 milhões de quilômetros quadrados, ou quase 10%, das suas áreas de natureza selvagem, isto é, regiões praticamente intocadas pela ação humana. Quase 50 mil elefantes africanos são caçados por criminosos a cada ano, número que já seria preocupante se a população desse tipo de animal não estivesse reduzida a menos de 500 000. O motivo da caça intensa é a demanda pelo marfim, especialmente da China, Laos e Vietnã, que representam 80% do mercado ilegal e onde os produtos de marfim são considerados itens de luxo.
A escala das atividades antrópicas já ultrapassou os limites fundamentais da sustentabilidade. O aquecimento global caminha para uma temperatura acima de 2º C (em relação ao período pré-industrial), o mesmo nível existente a 115 mil anos atrás (no período Eemiano) quando o nível do mar estava de 6 a 9 metros acima do nível atual. Por conta disto tudo, a humanidade precisa sair do déficit ecológico e voltar para o superávit ambiental, descarbonizando a economia e resgatando as reservas naturais, para o bem de todos os seres vivos da Terra, pois a natureza não depende das pessoas, mas as pessoas dependem da natureza. O ecocídio significará também um suicídio para a humanidade.
Richard Heinberg. You Can’t Handle the Truth, Resilience, 02/08/2016

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

in EcoDebate, 26/10/2016

AMAZÔNIA : ESTUDO DESCOBRE POR CHOVE TANTO NA REGIÃO.

Mistério resolvido : estudo descobre por que chove tanto na Amazônia.

Cientistas que estudam há mais de 25 anos a formação das nuvens na Amazônia sempre se depararam com um mistério: as gotículas de água produzidas pela floresta são insuficientes para provocar as tempestades, que são constantes na região. De onde vinha o resto? 

Segundo estudo publicado nesta segunda-feira (24) na revista Nature, a resposta é surpreendente: as gotículas vêm do céu, de grandes altitudes.

A informação é publicada por portal 
Uol, 24-10-2016.

Os aerossóis (nanopartículas) que estão na atmosfera a cerca de 15 mil metros de altitude (faixa por onde voam os aviões comerciais) se somam às partículas vindas das árvores e alimentam as nuvens da região amazônica.

Os cientistas já sabiam da existência dos aerossóis em grandes altitudes e que eles eram removidos pela chuva. Faltava entender como a atmosfera restabelecida 
concentração de aerossóis rapidamente. O que descobriram foi de onde eles vêm e como ajudam a "fazer chover"
Partículas que sobem e descem
Os gases emitidos pelas árvores da floresta são levados da superfície para a alta atmosfera pelo movimento vertical de massas de ar. No alto, onde a temperatura é de cerca de -55°C, eles se condensam e formam os aerossóis.

Essas 
nanopartículas são retiradas da alta atmosfera pelas correntes descendentes de nuvens de chuva e se combinam com os gases das árvores que estão vindo em correntes ascendentes.

Neste encontro, as partículas crescem rapidamente e formam gotículas e nuvens. As correntes de convecção dão início à chuva.
Distribuição eficiente
"O conjunto dos gases emitidos pela floresta e as nuvens fazem uma dinâmica muito peculiar e produzem enormes quantidades de partículas em altas altitudes, onde se acreditava que elas não existiriam", diz o físico da USP Paulo Artaxo, um dos autores do estudo. "São mecanismos biológicos da floresta atuando junto com as nuvens para manter o ecossistema Amazônico em funcionamento."

Segundo ele, esses gases são jogados para a alta atmosfera, onde a velocidade do vento é muito grande, e são redistribuídos pelo planeta de forma muito eficiente. "Estamos atualmente realizando trabalhos de modelagem para precisar as regiões afetadas pelas 
emissões de gases da Amazônia e transportadas pela circulação atmosférica", diz o cientista.

Como tais mecanismos eram até agora desconhecidos, essa 
produção de aerossóis não está contemplada em nenhum modelo climático. "É um conhecimento que terá de ser incluído, pois ajudará a tornar as simulações de chuva na Amazônia mais precisas", diz Luiz Augusto Machado, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial), que também participou do estudo.

Segundo 
Machado, a observação de aerossóis se formando a partir de gases vindos da superfície é surpreendente. Isso porque quando se ultrapassa altitudes superiores a 2.500 metros ocorre uma inversão de temperatura que costuma inibir o transporte vertical de partículas. "O transporte através das nuvens convectivas [que sobem e descem] quebra essa barreira e permite o mecanismo funcionar em regiões tropicais", explica ele.

importância dos aerossóis não está somente na formação de nuvens na Amazônia – o que já seria muito, já que a dinâmica climática na região regula o clima em todo o globo. Eles são fundamentais também para o controle da radiação solar que atinge a Terra. Assim, equilibra a fotossíntese e a temperatura do ecossistema amazônico.
Descoberta feita sem querer
A descoberta dessa dinâmica essencial para explicar a origem das chuvas foi feita por um acaso, quando cientistas investigavam o efeito da poluição de Manaus na atmosfera amazônica no experimento GoAmazon (Green Ocean Amazon Experiment).

Artaxo diz que investiga há muito tempo a formação de novas partículas de aerossóis na Amazônia, sem conseguir explicar o fenômeno. "As medições eram sempre feitas em solo ou com aviões voando até no máximo 3.000 metros de altura. Mas a resposta, na verdade, estava ainda muito mais no alto da atmosfera amazônica", diz o pesquisador.

No atual estudo, as medidas foram feitas por dois aviões que voaram em altitudes de até 15 mil metros. Os resultados batem com medidas feitas em solo pelo laboratório Torre Alta de Observação da Amazônia, uma torre de 320 m de altura situada na região central da Amazônia.

Fonte : Instituto Humanitas Unisinos

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

ENEM : TREINANDO GEOGRAFIA COM QUESTÕES ANTERIORES.

1- Texto I
Os problemas ambientais são consequência direta da intervenção humana nos diferentes ecossistemas da Terra, causando desequilíbrios no meio ambiente e comprometendo a qualidade de vida.
Disponível em: www.repository.utl.pt. Acesso em: 29 jul. 2012.
Texto II

As imagens representam as geleiras da Groenlândia, que sofreram e sofrem impactos, resultantes do(a):
(A) ilha de calor.
(B) chuva ácida.
(C) erosão eólica.
(D) inversão térmica.
(E) aquecimento global.

2- A crescente conscientização sobre os efeitos do modelo intensivo de produção, adotado de forma geral na agricultura, tem gerado também uma série de reações. De fato, a agricultura está cada vez mais pressionada pelo conjunto de relações que mantém com a sociedade em geral, sendo emergente o que comumente se denomina "questão ambiental". Essas relações, às vezes de dependência, às vezes de conflito, são as que determinam uma chamada ampla para mudanças orientadas à sustentabilidade, não só da atividade agrícola em si, senão que afete de maneira geral a todo o entorno no qual a agricultura está inserida. GOMES, J. C. C. Desenvolvimento rural, transição de formatos tecnológicos, elaboração social da qualidade, interdisciplinaridade e participação.
In: PORTO, V. H.; WIZNIEWSKY, C. R. F. ; SIMICH, T. (Org.). Agricultor familiar: sujeito de um novo método de pesquisa, o participativo. Pelotas: Embrapa, 2004
No texto, faz-se referência a um tipo de pressão da sociedade contemporânea sobre a agricultura. Essa pressão objetiva a seguinte transformação na atividade agrícola:
(A) Ampliação de políticas de financiamento voltadas para a produção de transgênicos.
(B)  Modernização do modo de produção focado na alta produtividade da terra.
(C)  Expansão do agronegócio relacionado ao mercado consumidor externo.
(D)  Promoção de práticas destinadas à conservação de recursos naturais.
(E)  Inserção de modelos orientados ao uso intensivo de agroquímicos.

3- O acúmulo gradual de sais nas camadas superiores do solo, um processo chamado salinização, retarda o crescimento das safras, diminui a produção das culturas e, consequentemente, mata as plantas e arruína o solo. A salinização mais grave ocorre na Ásia, em especial na China, na Índia e no Paquistão. MILLER, G. Ciência ambiental. São Paulo: Thomson, 2007. O fenômeno descrito no texto representa um grande impacto ambiental em áreas agrícolas e tem como causa direta o
(A) A rotação de cultivos. 
(B) associação de culturas. 
(C) plantio em curvas de nível. 
(D) manipulação genética das plantas. 
(E) instalação de sistemas de irrigação.

4- 

O processo indicado no gráfico demonstra um aumento significativo da população urbana em relação à população rural no Brasil. Esse fenômeno pode ser explicado pela
(A) atração de mão de obra pelo setor produtivo concentrado nas áreas urbanas.
(B) manutenção da instabilidade climática nas áreas rurais.
(C) concentração da oferta de ensino nas áreas urbanas.
(D) inclusão da população das áreas urbanas em programas assistenciais.
(E) redução dos subsídios para os setores da economia localizados nas áreas rurais.

5- Os nossos ancestrais dedicavam-se à caça, à pesca e à coleta de frutas e vegetais, garantindo sua subsistência, porque ainda não conheciam as práticas de agricultura e pecuária. Uma vez esgotados os alimentos, viam-se obrigados a transferir o acampamento para outro lugar.
HALL, P. P. Gestão ambiental. São Paulo: Pearson, 2011 (adaptado).
O texto refere-se ao movimento migratório denominado
(A) sedentarismo.
(B) transumância.
(C) êxodo rural.
(D) nomadismo.
(E) pendularismo.

6- 

As figuras representam a distância real (D) entre duas residências e a distância proporcional (d) em uma representação cartográfica, as quais permitem estabelecer relações espaciais entre o mapa e o terreno. Para a ilustração apresentada, a escala numérica correta é:
(A) 1/50.
(B) 1/5 000.
(C) 1/50 000.
(D) 1/80 000.
(E)1/80 000 000.

7- Dubai é uma cidade-estado planejada para estarrecer os visitantes. São tamanhos e formatos grandiosos, em hotéis e centros comerciais reluzentes, numa colagem de estilos e atrações que parece testar diariamente os limites da arquitetura voltada para o lazer. O maior shopping do tórrido Oriente Médio abriga uma pista de esqui, a orla do Golfo Pérsico ganha milionárias ilhas artificiais, o centro financeiro anuncia para breve a torre mais alta do mundo (a Burj Dubai) e tem ainda o projeto de um campo de golfe coberto! Coberto e refrigerado, para usar com sol e chuva, inverno e verão.
Disponível em: http://viagem.uol.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).
No texto, são descritas algumas características da paisagem de uma cidade do Oriente Médio. Essas características descritas são resultado do(a)
(A) criação de territórios políticos estratégicos.
(B) preocupação ambiental pautada em decisões governamentais.
(C) utilização de tecnologia para transformação do espaço.
(D) demanda advinda da extração local de combustíveis fósseis.
(E) emprego de recursos públicos na redução de desigualdades sociais.

8- Sabe-se o que era a mata do Nordeste, antes da monocultura da cana: um arvoredo tanto e tamanho e tão basto e de tantas prumagens que não podia homem dar conta. O canavial desvirginou todo esse mato grosso do modo mais cru: pela queimada. A fogo é que foram se abrindo no mato virgem os claros por onde se estendeu o canavial civilizador, mas ao mesmo tempo devastador.
FREYRE, G. Nordeste. São Paulo: Global, 2004 (adaptado).
Analisando os desdobramentos da atividade canavieira sobre o meio físico, o autor salienta um paradoxo, caracterizado pelo(a)
(A) demanda de trabalho, que favorecia a escravidão.
(B) modelo civilizatório, que acarretou danos ambientais.
(C) rudimento das técnicas produtivas, que eram ineficientes.
(D) natureza da atividade econômica, que concentrou riqueza.
(E) predomínio da monocultura, que era voltada para exportação.

9- Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria dividiu a Europa em dois blocos. Essa divisão propiciou a formação de alianças antagônicas de caráter militar, como a OTAN, que aglutinava os países do bloco ocidental, e o Pacto de Varsóvia, que concentrava os do bloco oriental. É importante destacar que, na formação da OTAN, estão presentes, além dos países do oeste europeu, os EUA e o Canadá. Essa divisão histórica atingiu igualmente os âmbitos político e econômico que se refletia pela opção entre os modelos capitalista e socialista.
Essa divisão europeia ficou conhecida como

(A) Cortina de Ferro.

(B) Muro de Berlim.

(C) União Europeia.

(D) Convenção de Ramsa

(E) Conferência de Estocolmo.
  • O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela multipolaridade.
  • O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta
    (A) o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado.
    (B) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes potências, o que se traduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco da Guerra Fria.
    (C) o desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas por conflitos passaram a ser realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento de países emergentes.
    (D) a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse perigo.
    (E) a condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU no que concerne às ações militares.

  • 11-  Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário. São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no período posterior à Revolução Industrial, as quais incluem
    (A) a erradicação da fome no mundo.
    (B) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas.
    (C) C a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos.
    (D) a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura.
    (E) o contínuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização.

  • 12- Além dos inúmeros eletrodomésticos e bens eletrônicos, o automóvel produzido pela indústria fordista promoveu, a partir dos anos 50, mudanças significativas no modo de vida dos consumidores e também na habitação e nas cidades. Com a massificação do consumo dos bens modernos, dos eletroeletrônicos e também do automóvel, mudaram radicalmente o modo de vida, os valores, a cultura e o conjunto do ambiente construído. Da ocupação do solo urbano até o interior da moradia, a transformação foi profunda.
    MARICATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em: 12 ago. 2009 (adaptado).
    Uma das consequências das inovações tecnológicas das últimas décadas, que determinaram diferentes formas de
    uso e ocupação do espaço geográfico, é a instituição das chamadas cidades globais, que se caracterizam por
    (A) possuírem o mesmo nível de influência no cenário mundial.
    (B) fortalecerem os laços de cidadania e solidariedade entre os membros das diversas comunidades.
    (C) constituírem um passo importante para a diminuição das desigualdades sociais causadas pela polarização social e pela segregação urbana.
    (D) terem sido diretamente impactadas pelo processo de internacionalização da economia, desencadeado a partir do final dos anos 1970.
    (E) terem sua origem diretamente relacionadas ao processo de colonização ocidental do século XIX.
  • 13- 
CIATTONI, A. Géographie. L’espace mondial.
Paris: Hatier, 2008 (adaptado).
A partir do mapa apresentado, é possível inferir que nas últimas décadas do século XX, registraram-se processos
que resultaram em transformações na distribuição das atividades econômicas e da população sobre o território brasileiro, com reflexos no PIB por habitante. Assim,
(A) as desigualdades econômicas existentes entre regiões brasileiras desapareceram, tendo em vista a modernização tecnológica e o crescimento vivido pelo país.
(B) os novos fluxos migratórios instaurados em direção ao Norte e ao Centro-Oeste do país prejudicaram o desenvolvimento socioeconômico dessas regiões, incapazes de atender ao crescimento da demanda por postos de trabalho.
(C) o Sudeste brasileiro deixou de ser a região com o maior PIB industrial a partir do processo de desconcentração espacial do setor, em direção a outras regiões do país.
(D) o avanço da fronteira econômica sobre os estados da região Norte e do Centro-Oeste resultou no desenvolvimento e na introdução de novas atividades econômicas, tanto nos setores primário e secundário, como no terciário.
(E) o Nordeste tem vivido, ao contrário do restante do país, um período de retração econômica, como consequência da falta de investimentos no setor industrial com base na moderna tecnologia.

14-  Apesar do aumento da produção no campo e da integração entre a indústria e a agricultura, parte da população da América do Sul ainda sofre com a subalimentação, o que gera conflitos pela posse de terra que podem ser verificados em várias áreas e que frequentemente chegam a provocar mortes. Um dos fatores que explica a subalimentação na América do Sul é

(A) a baixa inserção de sua agricultura no comércio mundial.
(B) a quantidade insuficiente de mão-de-obra para o trabalho agrícola.
(C) a presença de estruturas agrárias arcaicas formadas por latifúndios improdutivos.
(D) a situação conflituosa vivida no campo, que impede o crescimento da produção agrícola.
(E) os sistemas de cultivo mecanizado voltados para o abastecimento do mercado interno.

15- A luta pela terra no Brasil é marcada por diversos aspectos que chamam a atenção. Entre os aspectos positivos, destaca-se a perseverança dos movimentos do campesinato e, entre os aspectos negativos, a violência que manchou de sangue essa história. Os movimentos pela reforma agrária articularam-se por todo o território nacional, principalmente entre 1985 e 1996, e conseguiram de maneira expressiva a inserção desse tema nas discussões pelo acesso à terra. O mapa seguinte apresenta a distribuição dos conflitos agrários em todas as regiões do Brasil nesse período, e o número de mortes ocorridas nessas lutas.



OLIVEIRA, A. U. A longa marcha do campesinato brasileiro: movimentos sociais, conflitos e reforma agrária. Revista Estudos Avançados. Vol. 15 n. 43, São Paulo, set./dez. 2001.
Com base nas informações do mapa acerca dos conflitos pela posse de terra no Brasil, a região

(A) conhecida historicamente como das Missões Jesuíticas é a de maior violência.
(B) do Bico do Papagaio apresenta os números mais expressivos.
(C) conhecida como oeste baiano tem o maior número de mortes.
(D) do norte do Mato Grosso, área de expansão da agricultura mecanizada, é a mais violenta do país.
(E) da Zona da Mata mineira teve o maior registro de mortes.


16-  O gráfico mostra o percentual de áreas ocupadas, segundo o tipo de propriedade rural no Brasil, no ano de 2006.
Área ocupada pelos imóveis rurais

MDA/INCRA (DIEESE, 2006)
Disponível em: http://www.sober.org.br. Acesso em: 6 ago. 2009.
De acordo com o gráfico e com referência à distribuição das áreas rurais no Brasil, conclui-se que

(A) imóveis improdutivos são predominantes em relação às demais formas de ocupação da terra no âmbito nacional e na maioria das regiões.
(B) o índice de 63,8% de imóveis improdutivos demonstra que grande parte do solo brasileiro é de baixa fertilidade, impróprio para a atividade agrícola.
(C) o percentual de imóveis improdutivos iguala-se ao de imóveis produtivos somados aos minifúndios, o que justifica a existência de conflitos por terra.
(D) a região Norte apresenta o segundo menor percentual de imóveis produtivos, possivelmente em razão da presença de densa cobertura florestal, protegida por legislação ambiental.
(E) a região Centro-Oeste apresenta o menor percentual de área ocupada por minifúndios, o que inviabiliza políticas de reforma agrária nesta região.


17- Quando é meio-dia nos Estados Unidos, o Sol, todo mundo sabe, está se deitando na França. Bastaria ir à França num minuto para assistir ao pôr do sol. A diferença espacial citada é causada por qual característica física da Terra?
SAINT-EXUPÉRY, A. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Agir, 1996.
A diferença espacial citada é causada por qual característica física da Terra?
(A) Achatamento de suas regiões polares.
(B) Movimento em torno de seu próprio eixo.
(C) Arredondamento de sua forma geométrica.
(D) Variação periódica de sua distância do Sol.
(E) Inclinação em relação ao seu plano de órbita

18- (Enem 2014)  Os dois principais rios que alimentavam o Mar de Aral, Amurdarya eSydarya, mantiveram o nível e o volume do mar por muitos séculos. Entretanto, o projeto de estabelecer e expandir a produção de algodão irrigado aumentou a dependência de várias repúblicas da Ásia Central da irrigação e monocultura. O aumento da demanda resultou no desvio crescente de água para a irrigação, acarretando redução drástica do volume de tributários do Mar de Aral. Foi criado na Ásia Central um novo deserto, com mais de 5 milhões de hectares, como resultado da redução em volume.
TUNDISI, J. G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Carlos: Rima, 2003.
A intensa interferência humana na região descrita provocou o surgimento de uma área desértica em decorrência da
(A) erosão.   
(B) salinização.   
(C) laterização  
(D) compactação.   
(E) sedimentação.  

19-

 
Considerando-se a dinâmica entre tecnologia e organização do trabalho, a representação contida no cartum é caracterizada pelo pessimismo em relação à 
(A) ideia de progresso. 
(B) concentração do capital. 
(C) noção de sustentabilidade. 
(D) organização dos sindicatos. 
(E) obsolescência dos equipamentos.

20- Ao deflagrar-se a crise mundial de 1929, a situação da economia cafeeira se apresentava como se segue. A produção, que se encontrava em altos níveis, teria que seguir crescendo, pois os produtores haviam continuado a expandir as plantações até aquele momento. Com efeito, a produção máxima seria alcançada em 1933, ou seja, no ponto mais baixo da depressão, como reflexo das grandes plantações de 1927-1928. Entretanto, era totalmente impossível obter crédito no exterior para financiar a retenção de novos estoques, pois o mercado internacional de capitais se encontrava em profunda depressão, e o crédito do governo desaparecera com a evaporação das reservas.
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1997 (adaptado).
Uma resposta do Estado brasileiro à conjuntura econômica mencionada foi o(a)

(A) atração de empresas estrangeiras.   
(B) reformulação do sistema fundiário.   
(C) incremento da mão de obra imigrante.   
(D) desenvolvimento de política industrial.   
(E) financiamento de pequenos agricultores.   

21- Antes de o sol começar a esquentar as terras da faixa ao sul do Saara conhecida comoSahel, duas dezenas de mulheres da aldeia de Widou, no norte do Senegal, regam a horta cujas frutas e verduras alimentam a população local. É um pequeno terreno que, visto do céu, forma uma mancha verde — um dos primeiros pedaços da “Grande Muralha Verde”, barreira vegetal que se estenderá por 7 000 km do Senegal ao Djibuti, e é parte de um plano conjunto de vinte países africanos.
GIORGI, J. Muralha verde. Folha de S. Paulo. 20 maio 2013 (adaptado).
O projeto ambiental descrito proporciona a seguinte consequência regional imediata:
(A) Facilita as trocas comerciais.   
(B) Soluciona os conflitos fundiários.   
(C) Restringe a diversidade biológica.   
(D) Fomenta a atividade de pastoreio.   
(E) Evita a expansão da desertificação.  

22- 
Fon-Fon!, ano IV, n. 36, 3 set. 1910. Disponível em: objdigital.bn.br. Acesso em: 4 abr. 2014.

A charge, datada de 1910, ao retratar a implantação da rede telefônica no Brasil, indica que esta

(A) permitiria aos índios se apropriarem da telefonia móvel.   
(B) ampliaria o contato entre a diversidade de povos indígenas.   
(C) faria a comunicação sem ruídos entre grupos sociais distintos.   
(D) restringiria a sua área de atendimento aos estados do norte do país.   
(E) possibilitaria a integração das diferentes regiões do território nacional.  

23-   A convecção na Região Amazônica é um importante mecanismo da atmosfera tropical e sua variação, em termos de intensidade e posição, tem um papel importante na determinação do tempo e do clima dessa região. A nebulosidade e o regime de precipitação determinam o clima amazônico.
FISCH, G.; MARENGO, J. A.; NOBRE, C. A. “Uma revisão geral sobre o clima da Amazônia”. Acta Amazônica, v. 28, n. 2, 1998 (adaptado).
O mecanismo climático regional descrito está associado à característica do espaço físico de
(A) resfriamento da umidade da superfície.   
(B) variação da amplitude de temperatura.   
(C) dispersão dos ventos contra-alísios.   
(D) existência de barreiras de relevo.   
(E) convergência de fluxos de ar.   

25- 


 
A partir da análise da imagem, o aparecimento da Dorsal Mesoatlântica está associado ao(à)
(A) separação da Pangeia a partir do período Permiano.   
(B) deslocamento de fraturas no período Triássico  
(C) afastamento da Europa no período Jurássico.   
(D) formação do Atlântico Sul no período Cretáceo.   
(E) constituição de orogêneses no período Quaternário.  

26- A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que começa a ser construída apenas em 1905, foi criada, ao contrário das outras grandes ferrovias paulistas, para ser uma ferrovia de penetração, buscando novas áreas para a agricultura e povoamento. Até 1890, o café era quem ditava o traçado das ferrovias, que eram vistas apenas como auxiliadoras da produção cafeeira.
CARVALHO, D. F. Café, ferrovias e crescimento populacional: o florescimento da região noroeste paulista. Disponível em: www.historica.arquivoestado.sp.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
Essa nova orientação dada à expansão ferroviária, durante a Primeira República, tinha como objetivo a
(A) articulação de polos produtores para exportação.   
(B) criação de infraestrutura para atividade industrial.   
(C) integração de pequenas propriedades policultoras  
(D) valorização de regiões de baixa densidade demográfica.   
(E) promoção de fluxos migratórios do campo para a cidade.  

27-   
Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2013.
Na imagem, é ressaltado, em tom mais escuro, um grupo de países que na atualidade possuem características político-econômicas comuns, no sentido de
(A) adotarem o liberalismo político na dinâmica dos seus setores públicos.   
(B) constituírem modelos de ações decisórias vinculadas à social-democracia.   
(C) instituírem fóruns de discussão sobre intercâmbio multilateral de economias emergentes.   
(D) promoverem a integração representativa dos diversos povos integrantes de seus territórios.   
(E) apresentarem uma frente de desalinhamento político aos polos dominantes do sistema-mundo. 

28- 

Disponível em: http://sys2.sbgf.org.br. Acesso em: 13 maio 2013 (adaptado).
A preservação da sustentabilidade do recurso natural exposto pressupõe

(A) impedir a perfuração de poços.   
(B) coibir o uso pelo setor residencial.   
(C) substituir as leis ambientais vigentes.   
(D) reduzir o contingente populacional na área.   
(E) introduzir a gestão participativa entre os municípios.  

29- 

 
Nota: O saldo considera apenas as pessoas que se deslocavam para o trabalho e retornavam aos seus municípios diariamente.
BRASIL. IBGE.  (adaptado). Atlas do censo demográfico 2010.
O fluxo migratório representado está associado ao processo de
(A) fuga de áreas degradadas.   
(B) inversão da hierarquia urbana.   
(C) busca por amenidades ambientais.   
(D) conurbação entre municípios contíguos.   
(E) desconcentração dos investimentos produtivos. 

30- A urbanização brasileira, no início da segunda metade do século XX, promoveu uma radical alteração nas cidades. Ruas foram alargadas, túneis e viadutos foram construídos. O bonde foi a primeira vítima fatal. O destino do sistema ferroviário não foi muito diferente. O transporte coletivo saiu definitivamente dos trilhos.
JANOT, L. F. A caminho de Guaratiba. Disponível em: www.iab.org.br. Acesso em: 9 jan. 2014 (adaptado).
A relação entre transportes e urbanização é explicada, no texto, pela
(A) retirada dos investimentos estatais aplicados em transporte de massa.   
(B) demanda por transporte individual ocasionada pela expansão da mancha urbana.   
(C) presença hegemônica do transporte alternativo localizado nas periferias das cidades.   
(D) aglomeração do espaço urbano metropolitano impedindo a construção do transporte metroviário.   
(E) predominância do transporte rodoviário associado à penetração das multinacionais automobilísticas. 

31- Mas plantar pra dividir 
Não faço mais isso, não. 
Eu sou um pobre caboclo, 
Ganho a vida na enxada. 
O que eu colho é dividido 
Com quem não planta nada. 
Se assim continuar 
vou deixar o meu sertão, 
mesmo os olhos cheios d'água 
e com dor no coração. 
Vou pro Rio carregar 
massas pros pedreiros em construção. 
Deus até está ajudando: 
está chovendo no sertão! 
Mas plantar pra dividir, 
Não faço mais isso, não. 
VALE, J . ; AQUINO, J. B. Sina de caboclo. São Paulo: Polygram, 1994 (fragmento). 
No trecho da canção, composta na década de 1960, retrata-se a insatisfação do trabalhador rural com 

(A) a distribuição desigual da produção. 
(B) os financiamentos feitos ao produtor rural. 
(C) a ausência de escolas técnicas no campo. 
(D) os empecilhos advindos das secas prolongadas. 
(E) a precariedade de insumos no trabalho do campo.


32-  


TEXTO I
Disponível em: http://twistedsifter.com. Acesso em: 5 nov. 2013 (adaptado).
TEXTO II
A Índia deu um passo alto no setor de teleatendimento para países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos e as nações europeias. Atualmente mais de 245 mil indianos realizam ligações para todas as partes do mundo a fim de oferecer cartões de créditos ou telefones celulares ou cobrar contas em atraso.
Disponível em: www.conectacallcenter.com.br. Acesso em: 12 nov. 2013 (adaptado).
Ao relacionar os textos, a explicação para o processo de territorialização descrito está no(a)

(A) aceitação das diferenças culturais.   
(B) adequação da posição geográfica.   
(C) incremento do ensino superior.   
(D) qualidade da rede logística.   
(E) custo da mão de obra local.  

33- O jovem espanhol Daniel se sente perdido. Seu diploma de desenhista industrial e seu alto conhecimento de inglês devem ajudá-lo a tomar um rumo. Mas a taxa de desemprego, que supera 52% entre os que têm menos de 25 anos, o desnorteia. Ele está convencido de que seu futuro profissional não está na Espanha, como o de, pelo menos, 120 mil conterrâneos que emigraram nos últimos dois anos. O irmão dele, que é engenheiro-agrônomo, conseguiu emprego no Chile. Atualmente, Daniel participa de uma “oficina de procura de emprego” em países como Brasil, Alemanha e China. A oficina é oferecida por uma universidade espanhola.
GUILAYN, P. “Na Espanha, universidade ensina a emigrar”. O Globo, 17 fev. 2013 (adaptado).
A situação ilustra uma crise econômica que implica

(A) valorização do trabalho fabril.   
(B) expansão dos recursos tecnológicos.   
(C) exportação de mão de obra qualificada.   
(D) diversificação dos mercados produtivos.   
(E) intensificação dos intercâmbios estudantis.   

GABARITO :
1- E
2- D
3- E
4- A
5- D
6- C
7- C
8- B
9- A
10- A
11- C
12- A
13- D
14- C
15- B
16- A
17- B
18- B
19- A
20- D
21- E
22- E
23- E
24- NÃO
25- D
26- D
27- C
28- E
29- D
30- E
31- A
32- E
33- C