quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

MAR MEDITERRÂNEO E A TRAGÉDIA DOS REFUGIADOS

Mais de 5 mil pessoas morreram ao tentar atravessar Mar Mediterrâneo em 2016

Cerca de 100 pessoas morreram por afogamento ao tentar atravessar o Mar Mediterrâneo na quinta-feira (22), em mais uma tragédia que eleva para 5 mil o número de vítimas fatais em 2016, maior número já registrado na região.
Segundo o porta-voz da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) em Genebra, William Spindler, a situação realça a necessidade urgente de que os países aumentem as alternativas legais para admissão de refugiados para que eles não tenham de recorrer a contrabandistas e viagens perigosas.

Refugiados sírios descansam a bordo de um navio da Guarda Costeira Helênica após serem resgatado no mar Mediterrâneo, nas proximidades da costa de Lesbos, na Grécia. Foto: ACNUR / Andrew McConnell
Cerca de 100 pessoas morreram por afogamento ao tentar atravessar o Mar Mediterrâneo na quinta-feira (22), em mais uma tragédia que eleva para 5 mil o número de vítimas fatais em 2016, o pior número já registrado na região.
A Guarda Costeira italiana realizou quatro operações de resgate no Mar Mediterrâneo Central. Em dois incidentes distintos, botes infláveis falharam e os passageiros caíram no mar, segundo as autoridades.
O primeiro bote transportava cerca de 140 pessoas, com muitas mulheres e crianças. Somente 63 pessoas sobreviveram. O segundo barco levava cerca de 120 pessoas, e 80 foram resgatadas.
Cerca de 175 pessoas foram resgatadas com sucesso de outro bote e de um barco de madeira. A Guarda Costeira levou 264 pessoas na quinta-feira à noite a Trapani, na Sicília. Oito corpos foram recuperados durante as operações.
Segundo o porta-voz da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) em Genebra, William Spindler, a situação “realça a necessidade urgente de que os países aumentem as alternativas legais para admissão de refugiados (como reassentamento, patrocínio privado, reunião familiar e bolsas de estudos, entre outros) para que eles não tenham de recorrer a contrabandistas e viagens perigosas”.
O porta-voz explicou que as causas para o alarmante aumento das mortes neste ano no Mar Mediterrâneo são múltiplas. “Mas elas parecem estar relacionadas à diminuição da qualidade das embarcações utilizadas pelos contrabandistas e táticas para evitar que sejam detectadas durante a travessia, como o envio de um grande número de embarcações simultaneamente”, disse.
Spindler lembrou também que tais táticas “tornam o trabalho dos socorristas mais difícil”.
De acordo com o porta-voz do ACNUR, uma média de 14 pessoas morreram todos os dias no Mar Mediterrâneo em 2016, sendo este a maior média já registrada. No ano passado, quando mais de 1 milhão de pessoas cruzaram o Mediterrâneo, 3.771 vítimas foram registradas.
Fonte: ONU Brasil

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